segunda-feira, 29 de agosto de 2011
RISCOS DO TABAGISMO - PERGUNTAS E RESPOSTAS
1) Por que cigarros, charutos, cachimbo, fumo de rolo e rapé fazem mal à saúde?
Todos esses derivados do tabaco, que podem ser usados nas formas de inalação (cigarro, charuto, cachimbo, cigarro de palha), aspiração (rapé) e mastigação (fumo-de-rolo), são nocivos à saúde. No período de consumo destes produtos são introduzidas no organismo mais de 4.700 substâncias tóxicas, incluindo nicotina (responsável pela dependência química), monóxido de carbono (o mesmo gás venenoso que sai do escapamento de automóveis) e alcatrão, que é constituído por aproximadamente 48 substâncias pré-cancerígenas, como agrotóxicos e substâncias radioativas (que causam câncer).
2) Quais os derivados do tabaco mais agressivos à saúde e como agem?
A fumaça do cigarro possui uma fase gasosa e uma particulada. A fase gasosa é composta por monóxido de carbono, amônia, cetonas, formaldeído, acetaldeído e acroleína, entre outras substâncias. Algumas produzem irritação nos olhos, nariz, garganta e levam à paralisia dos movimentos dos cílios dos brônquios. A fase particulada contém nicotina e alcatrão, que concentra 48 substâncias cancerígenas, entre elas arsênico, níquel, benzopireno, cádmio, chumbo, além de resíduos de agrotóxicos aplicados nos produtos agrícolas e substâncias radioativas.
3)Como o cigarro atua quimicamente no organismo?
A fumaça do tabaco, durante a tragada, é inalada para os pulmões, distribuindo-se para o sistema circulatório e chegando rapidamente ao cérebro, entre 7 e 9 segundos. Além disso, o fluxo sangüíneo capilar pulmonar é rápido, e todo o volume de sangue do corpo percorre os pulmões em um minuto. Dessa forma, as substâncias inaladas pelos pulmões espalham-se pelo organismo com uma velocidade quase igual a de substâncias introduzidas por uma injeção intravenosa.
4) O que causa a dependência do cigarro?
A nicotina, que é encontrada em todos os derivados do tabaco (charuto, cachimbo, cigarro de palha, etc) é a droga que causa dependência. Esta substância é psicoativa, isto é, produz a sensação de prazer, o que pode induzir ao abuso e à dependência. Por ter características complexas, a dependência à nicotina é incluída na Classificação Internacional de Doenças da Organização Mundial de Saúde - CID 10ª revisão. Ao ser ingerida, produz alterações no Sistema Nervoso Central, modificando assim o estado emocional e comportamental dos indivíduos, da mesma forma como ocorre com a cocaína, heroína e álcool.
Depois que a nicotina atinge o cérebro, entre 7 a 9 segundos, libera várias substâncias (neurotransmissores) que são responsáveis por estimular a sensação de prazer (núcleo accubens), explicando-se assim as boas sensações que o fumante tem ao fumar. Com a ingestão contínua da nicotina, o cérebro se adapta e passa a precisar de doses cada vez maiores para manter o mesmo nível de satisfação que tinha no início. Esse efeito é chamado de tolerância à droga. Com o passar do tempo, o fumante passa a ter necessidade de consumir cada vez mais cigarros. De tal forma que, a quantidade média de cigarros fumados na adolescência, nove por dia, na idade adulta passa a ser de 20 cigarros por dia. Com a dependência, cresce também o risco de se contrair doenças debilitantes, que podem levar à invalidez e à morte.
5) Por que as pessoas começam e continuam a fumar?
Em decorrência da publicidade ser dirigida principalmente aos jovens e fornecer uma falsa imagem de que fumar está associado ao bom desempenho sexual e esportivo, ao sucesso, à beleza, à independência e à liberdade. A maioria dos fumantes torna-se dependente da nicotina antes dos 19 anos de idade. Conscientes de que a nicotina gera dependência, os fabricantes de cigarros gastam milhões de dólares em publicidade dirigidas aos jovens. Apesar da lei de restrição da propaganda de produtos derivados do tabaco, sancionada no Brasil em dezembro de 2000, as falsas imagens continuam influindo fortemente no comportamento de jovens e adultos.
6) Quais são as doenças causadas pelo uso do cigarro?
O tabagismo é diretamente responsável por 30% das mortes por câncer, 90% das mortes por câncer de pulmão, 25% das mortes por doença coronariana, 85% das mortes por doença pulmonar obstrutiva crônica e 25% das mortes por doença cerebrovascular. Outras doenças que também estão relacionadas ao uso do cigarro são aneurisma arterial, trombose vascular, úlcera do aparelho digestivo, infecções respiratórias e impotência sexual no homem. Estima-se que, no Brasil, a cada ano, 200 mil pessoas morram precocemente devido às doenças causadas pelo tabagismo, número que não pára de aumentar.
7) Existem outras desvantagens em ser fumante?
Os fumantes adoecem com uma freqüência duas vezes maior que os não fumantes. Têm menor resistência física, menos fôlego e pior desempenho nos esportes e na vida sexual do que os não fumantes. Além disso envelhecem mais rapidamente e apresentam um aspecto físico menos atraente, pois ficam com os dentes amarelados, pele enrugada e impregnada pelo odor do fumo.
8) Quais são os riscos para a mulher grávida?
A mulher grávida que fuma, além de correr o risco de abortar, tem uma maior chance de ter filho de baixo peso, menor tamanho e com defeitos congênitos. Os filhos de fumantes adoecem duas vezes mais do que os filhos de não fumantes.
9) E os não fumantes, como ficam nessa história?
Basta manter um cigarro aceso para poluir um ambiente com as substâncias tóxicas da fumaça do cigarro. As pessoas passam 80% do seu tempo em ambientes fechados. Ao fim do dia, em um ambiente poluído, os não fumantes podem ter respirado o equivalente a 10 cigarros. Fumar em ambientes fechados prejudica as pessoas com quem o fumante convive: filhos, cônjuge, amigos e colegas de trabalho. Ao respirar a fumaça do cigarro, os não fumantes correm o risco de ter as mesmas doenças que o fumante.
10) Quais os danos ao meio ambiente?
Florestas inteiras são devastadas para alimentar os fornos à lenha que secam as folhas do fumo antes de serem industrializadas. Para cada 300 cigarros produzidos uma árvore é queimada. Portanto, o fumante de um maço de cigarros por dia sacrifica uma árvore a cada 15 dias. Para a obtenção de safras cada vez melhores, os plantadores de fumo usam agrotóxicos em grande quantidade, causando danos à saúde dos agricultores e ao ecossistema. Além disso, filtros de cigarros atirados em lagos, rios, mares, florestas e jardins demoram 100 anos para se degradarem. Cerca de 25% de todos os incêndios são provocados por pontas de cigarros acesas, o que resulta em destruição e mortes.
11) A produção de fumo gera perdas para o país?
Segundo o Banco Mundial, o consumo do fumo gera uma perda mundial de 200 bilhões de dólares por ano, representados por: sobrecarga do sistema de saúde com tratamento das doenças causadas pelo fumo; mortes precoces de cidadãos em idade produtiva; maior índice de aposentadoria precoce; faltas ao trabalho de 33 a 45% a mais; menor rendimento no trabalho; mais gastos com seguros; mais gastos com limpeza, manutenção de equipamentos e reposição de mobiliários; maiores perdas com incêndios; redução da qualidade de vida do fumante e de sua família.
12) O que é tabagismo passivo?
É a inalação da fumaça de derivados do tabaco por indivíduos não fumantes que convivem com fumantes em ambientes fechados. A poluição decorrente da fumaça dos derivados do tabaco em ambientes fechados é denominada de Poluição Tabagística Ambiental (PTA) e, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), é a maior responsável pela poluição em ambientes fechados. Hoje estima-se que o tabagismo passivo seja a 3ª maior causa de morte evitável no mundo, subseqüente ao tabagismo ativo e ao consumo excessivo de álcool.
13) Como o tabagismo passivo afeta a saúde?
Os não fumantes que respiram a fumaça do tabaco têm um risco maior de desenvolver doenças relacionadas ao tabagismo. Quanto maior o tempo em que o não fumante fica exposto à poluição tabagística ambiental, maior a chance de adoecer. As crianças, por terem uma freqüência respiratória mais elevada, são mais atingidas, sofrendo conseqüências drásticas sobre a sua saúde, incluindo bronquite e pneumonia, desenvolvimento e exacerbação da asma e infecções do ouvido médio.
14) Quais são os riscos para as crianças que convivem com fumantes em ambientes fechados ?
As crianças, especialmente as mais novas, são muito prejudicadas quando expostas à poluição tabagística ambiental, o que ocorre freqüentmente por culpa dos pais. Um estudo da OMS, envolvendo 700 milhões de crianças que vivem com fumantes em casa (cerca de metade das crianças do mundo), mostrou que essas crianças apresentaram um aumento de incidência de pneumonia, bronquite, exacerbação de asma, infecções do ouvido médio, além de uma maior probabilidade de desenvolvimento de doença cardiovascular na idade adulta. Nos casos em que a mãe é fumante, estima-se uma chance maior (70%) para infecções respiratórias e de ouvido médio do que nos casos em que a mãe não é fumante. Esta chance torna-se mais elevada (30%) se o pai é fumante, em crianças de até 1 ano de idade. A chance aumenta mais ainda (50%) caso haja mais de dois fumantes em casa, convivendo com essas crianças. (WHO, World Tobacco Day"s,2001).
15) A ventilação nos ambientes pode eliminar a poluição tabagística ambiental?
Não. Embora uma boa ventilação possa ajudar a diminuir a irritação nos olhos, nariz e garganta causada pela fumaça, ela não elimina seus componentes tóxicos. Quando áreas de fumantes e de não fumantes compartilham o mesmo sistema de ventilação , a fumaça se dispersa por toda a área, pois circula através das tubulações de sistemas de refrigeração central. Dessa forma, opções defendidas pela indústria, tais como separação de áreas para fumantes e não fumantes em um mesmo ambiente com um mesmo sistema ventilatório, ou mesmo o aumento da troca de ar através de um sistema especial de ventilação, não eliminam a exposição dos não fumantes. As áreas de fumantes (fumódromos) somente podem ajudar a proteger a saúde dos não fumantes quando são completamente isoladas, com sistema de ventilação separado, não permitindo que o ar poluído circule pelo prédio, e quando os funcionários não precisam passar através dessa área.
16) As imagens e frases de advertência nos maços de cigarros causam impacto?
Espera-se que as novas advertências nos maços de cigarros reduzam a prevalência de fumantes e previnam a experimentação do produto, especialmente pelos jovens e crianças. Essa medida está inserida em um conjunto de estratégias de promoção da saúde que envolvem ações nos âmbitos educativo, legislativo e econômico, todas elas com o objetivo de reduzir a exposição da população ao tabagismo. Além dessa informação, também constam nos maços de cigarros os teores de nicotina, alcatrão e monóxido de carbono e o telefone do "Disque Pare de Fumar", um serviço de orientação à população para deixar de fumar.
17) Existem números e pesquisas que comprovem que as imagens nos maços diminuem o número de fumantes?
Sim. As pesquisas feitas sobre esse tipo de imagens nos maços demonstram que elas funcionam. No Brasil, uma pesquisa realizada em abril de 2002 pelo Instituto Data Folha, com 2.216 pessoas maiores de 18 anos em 126 municípios de todo país, revelou que:
• 70% dos entrevistados acreditam que as imagens são eficientes para evitar a iniciação ao tabagismo;
• 67% dos fumantes sentiram vontade de abandonar o fumo desde o início da veiculação das novas advertências;
• 54% mudaram de idéia sobre os malefícios causados no organismo e estão preocupados com a saúde.
Outra pesquisa, realizada pelo serviço Disque Pare de Fumar, do Ministério da Saúde, no período de março a dezembro de 2002 com 89.305 pessoas, revelou que 62,67% consideram as imagens um ótimo serviço prestado à comunidade. Além disso, durante as comemorações do dia 27 de novembro de 2002 (Dia Nacional de Combate ao Câncer) foi realizada uma pesquisa piloto com 650 pessoas durante uma feira de saúde promovida no município do Rio de Janeiro. O estudo concluiu, dentre outros resultados, que 62% dos entrevistados consideram que as imagens de advertência estimulam as pessoas a deixar de fumar.
18) Qual o papel do Instituto Nacional de Câncer no controle do tabagismo?
O Instituto Nacional de Câncer (INCA) é o órgão do Ministério da Saúde responsável pela coordenação da política de controle do câncer e doenças relacionadas ao tabagismo no Brasil. Com esse objetivo e através da Coordenação de Prevenção e Vigilância (CONPREV) o INCA desenvolve estratégias voltadas para socializar as informações sobre o câncer, suas possibilidades de prevenção e estimular mudanças de comportamento na população que, a médio e longo prazos, contribuam para a redução da incidência e mortalidade por câncer e doenças tabaco-relacionadas no país.
19) Existe tratamento gratuito para parar de fumar?
Todo fumante hoje tem direito a atendimento gratuito para deixar de fumar em instituições ligadas ao SUS. Procure os postos de saúde próximos de casa ou do trabalho, e se informe sobre locais e horários de tratamento para tabagismo.
20) Já tentei várias vezes, mas sempre voltei a fumar. Será que um dia conseguirei parar em definitivo?
Sim, você conseguirá. Sendo o tabagismo uma dependência química, é esperado que a pessoa faça de 3 a 4 tentativas antes de parar definitivamente. A cada tentativa, você vai conhecendo suas maiores dificuldades e aprendendo a controla-las, sem ter que fumar.
Exemplo: você resolve parar de fumar, e ao estar diante de uma situação de estresse, pensa em fumar um cigarro como solução para se acalmar. Com o tempo você vai aprendendo que, além do cigarro não resolver seus problemas, ele está tirando sua saúde.
21) É mais difícil a mulher parar de fumar do que o homem?
Homens e mulheres têm formas distintas de lidar com o tabaco. Na mulher o uso de cigarros muitas vezes está associado a mudança de humor, e essa tendência pode criar dificuldades diferenciadas diante da abstinência. O importante é conhecer essas especificidades e poder oferecer o tratamento adequado, para que as chances de sucesso sejam maiores.
FONTE: INCA
quarta-feira, 17 de agosto de 2011
Complementos alimentares devem ser utilizados com acompanhamento profissional
Quando descobrimos o diagnóstico do diabetes, muitas pessoas pensam que o ritmo de vida precisa diminuir e que precisamos realizar somente atividades físicas moderadas para evitar hipoglicemia.
Mas com a prática de automonitorização da glicemia, a pessoa com diabetes pode realizar as atividades diárias sem risco de ter hipoglicemia. Há vários exemplos de atletas com diabetes que praticam corrida, montanhismo, enfim, exercícios que exigem esforço físico.
Por isso, para realização de modalidades que pedem mais desgaste físico, muitos atletas utilizam isotônicos e energéticos. Para explicar a sua função, as diferenças e as composições, o Portal Accu-Chek da Roche convidou a nutricionista Maristela Bassi Strufaldi, educadora em Diabetes pelo International Diabetes Federation/ Sociedade Brasileira de Diabetes e Associação Diabetes Brasil, para falar sobre o tema
Accu-Chek:O que são energéticos e isotônicos? Quais são as diferenças entre eles? Quais as substâncias presentes em cada uma de suas composições?
Os energéticos foram criados para amenizar a sensação de exaustão e cansaço, uma vez que estimulam o metabolismo e fornecem energia. Essas bebidas contêm cafeína, guaraná, taurina, ginseng, maltodextrina, inositol, carnitina, glucoronolactona, ginkgo biloba. Enquanto algumas versões contêm altos teores de açúcar, outras são adocicadas artificialmente.
Os isotônicos foram desenvolvidos para prevenir a desidratação e melhorar o desempenho esportivo. O termo isotônico refere-se à tonicidade, isto é, a concentração iônica de um líquido em relação ao sangue. Significa que a composição desse líquido apresenta uma concentração de moléculas semelhante aos fluidos do nosso corpo e, portanto, suas substâncias podem ser incorporadas e transferidas para a corrente sanguínea. São bebidas à base de água, sais minerais e carboidratos de rápida absorção, que recuperam os líquidos e eletrólitos perdidos pelo suor durante a atividade física, fornecendo energia para os músculos e preservando suas reservas de carboidratos. Dentre os eletrólitos contidos na composição, estão sódio, cloro e potássio.
Mas qual a diferença entre eles? As bebidas energéticas são estimulantes e ofertam uma importante quantidade de carboidratos como combustível para o organismo, preservando as taxas de glicogênio muscular e minimizando quadros de fadiga e exaustão. Já os isotônicos possuem uma alta concentração de eletrólitos em sua composição, promovendo uma rápida reposição de líquidos e sais minerais. Geralmente a concentração de carboidratos encontrado nos mesmos é de 6% a 8%, enquanto os energéticos apresentam valores próximos de 20%.
Accu-Chek:Há restrições para utilização? Quais?
Ambas as bebidas devem ter o seu uso orientado por um médico e/ou nutricionista, pois podem ser aplicadas em diversas situações. Porém, em geral, os energéticos devem ser utilizados para aumentar a vitalidade durante uma atividade física, promovendo mais performance e minimização de cansaço. Já os isotônicos devem ser utilizados em atividades com mais de 60 minutos de duração e sob orientação profissional.
Sedentários, hipertensos não controlados e crianças menores de 10 anos não devem utilizar isotônicos sem orientação profissional.
Accu-Chek:As pessoas com diabetes podem utilizar sem restrição?
Indivíduos com diabetes e fisicamente ativos necessitam da ingestão periódica de carboidratos para impedir que ocorra hipoglicemia durante e após o exercício. Lembrando que quem tem diabetes está mais propenso à desidratação por conta do aumento do volume da eliminação de urina. Sendo assim, bebidas que promovam a reposição de carboidratos e eletrólitos podem ser utilizadas, porém sempre mediante orientação do médico e/ou nutricionista.
Accu-Chek:As pessoas com diabetes podem utilizar sem restrição?
Quando houver indicação, geralmente é prescrito para pessoas que apresentam cansaço excessivo e falta de vitalidade para a realização do exercício, o energético pode ser utilizado para amenizar essa sensação e fornecer energia. Já em caso de atividades com mais de 60 minutos de duração, pode ser indicado o uso de isotônicos, mas sempre sob orientação profissional.
Accu-Chek:Quais são os efeitos colaterais de ambos?
Quando ingeridos sem critério e orientação, ambos podem apresentar efeitos colaterais. As bebidas energéticas, por exemplo, quando tomadas em excesso podem trazer problemas para a saúde, pois a cafeína, principal ingrediente estimulante presente, gera diferentes respostas ao organismo, como taquicardia, desordens do sono, tremores e problemas gastrintestinais. Além disto, os energéticos podem alterar os efeitos de alguns medicamentos.
Destaca-se que o uso em excesso de alimento ou suplemento não é recomendado. No caso do consumo demasiado dos isotônicos, observa-se risco de concentração excessiva de minerais como sódio no organismo e, assim, a descompensação do chamado balanço hidroeletrolítico. Em longo prazo, pode ocorrer prejuízo à função renal e aumento da pressão arterial.
Accu-Chek:Por que as pessoas misturam o energético com álcool nos bares? Há algum risco?
Quando associado ao álcool, os efeitos dos energéticos são intensos, porém perigosos. Isso porque a cafeína causa euforia e a taurina (um aminoácido presente nos energéticos) retarda os efeitos do álcool. Desta forma, a pessoa irá compensatoriamente beber mais, podendo apresentar coma alcoólico.
De acordo com estudo realizado pela Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), o energético mascara o gosto do álcool, o que colabora para uma maior ingestão de bebida alcoólica e promove uma falsa sensação de bem-estar, onde a pessoa se sente mais “ligada” e muitas vezes se considera capaz de realizar atividades que exigem um adequado reflexo, como dirigir. Além disso, podem ocorrer alterações no fígado, enxaquecas e problemas gástricos, incluindo ainda alterações da pressão arterial e insônia.
Accu-Chek:Você quer acrescentar algum comentário?
Uma boa alternativa caseira para quem pratica atividades leves é a água de coco. Além de saborosa e de um isotônico natural, é muito nutritiva contendo boas quantidades de sais minerais como potássio, sódio, fósforo e cloro. Água de coco também possui gorduras, carboidratos, proteínas, vitaminas (A, B1, B2, B5 e C). A presença de carboidratos e proteína nesse líquido também a faz ser uma boa opção para consumo depois do exercício físico para ajudar na recuperação.
Já os energéticos devem ser consumidos sempre sob orientação profissional, pois em grandes quantidades podem ocasionar males à saúde.
Fonte: ACCU-CHECK
Mas com a prática de automonitorização da glicemia, a pessoa com diabetes pode realizar as atividades diárias sem risco de ter hipoglicemia. Há vários exemplos de atletas com diabetes que praticam corrida, montanhismo, enfim, exercícios que exigem esforço físico.
Por isso, para realização de modalidades que pedem mais desgaste físico, muitos atletas utilizam isotônicos e energéticos. Para explicar a sua função, as diferenças e as composições, o Portal Accu-Chek da Roche convidou a nutricionista Maristela Bassi Strufaldi, educadora em Diabetes pelo International Diabetes Federation/ Sociedade Brasileira de Diabetes e Associação Diabetes Brasil, para falar sobre o tema
Accu-Chek:O que são energéticos e isotônicos? Quais são as diferenças entre eles? Quais as substâncias presentes em cada uma de suas composições?
Os energéticos foram criados para amenizar a sensação de exaustão e cansaço, uma vez que estimulam o metabolismo e fornecem energia. Essas bebidas contêm cafeína, guaraná, taurina, ginseng, maltodextrina, inositol, carnitina, glucoronolactona, ginkgo biloba. Enquanto algumas versões contêm altos teores de açúcar, outras são adocicadas artificialmente.
Os isotônicos foram desenvolvidos para prevenir a desidratação e melhorar o desempenho esportivo. O termo isotônico refere-se à tonicidade, isto é, a concentração iônica de um líquido em relação ao sangue. Significa que a composição desse líquido apresenta uma concentração de moléculas semelhante aos fluidos do nosso corpo e, portanto, suas substâncias podem ser incorporadas e transferidas para a corrente sanguínea. São bebidas à base de água, sais minerais e carboidratos de rápida absorção, que recuperam os líquidos e eletrólitos perdidos pelo suor durante a atividade física, fornecendo energia para os músculos e preservando suas reservas de carboidratos. Dentre os eletrólitos contidos na composição, estão sódio, cloro e potássio.
Mas qual a diferença entre eles? As bebidas energéticas são estimulantes e ofertam uma importante quantidade de carboidratos como combustível para o organismo, preservando as taxas de glicogênio muscular e minimizando quadros de fadiga e exaustão. Já os isotônicos possuem uma alta concentração de eletrólitos em sua composição, promovendo uma rápida reposição de líquidos e sais minerais. Geralmente a concentração de carboidratos encontrado nos mesmos é de 6% a 8%, enquanto os energéticos apresentam valores próximos de 20%.
Accu-Chek:Há restrições para utilização? Quais?
Ambas as bebidas devem ter o seu uso orientado por um médico e/ou nutricionista, pois podem ser aplicadas em diversas situações. Porém, em geral, os energéticos devem ser utilizados para aumentar a vitalidade durante uma atividade física, promovendo mais performance e minimização de cansaço. Já os isotônicos devem ser utilizados em atividades com mais de 60 minutos de duração e sob orientação profissional.
Sedentários, hipertensos não controlados e crianças menores de 10 anos não devem utilizar isotônicos sem orientação profissional.
Accu-Chek:As pessoas com diabetes podem utilizar sem restrição?
Indivíduos com diabetes e fisicamente ativos necessitam da ingestão periódica de carboidratos para impedir que ocorra hipoglicemia durante e após o exercício. Lembrando que quem tem diabetes está mais propenso à desidratação por conta do aumento do volume da eliminação de urina. Sendo assim, bebidas que promovam a reposição de carboidratos e eletrólitos podem ser utilizadas, porém sempre mediante orientação do médico e/ou nutricionista.
Accu-Chek:As pessoas com diabetes podem utilizar sem restrição?
Quando houver indicação, geralmente é prescrito para pessoas que apresentam cansaço excessivo e falta de vitalidade para a realização do exercício, o energético pode ser utilizado para amenizar essa sensação e fornecer energia. Já em caso de atividades com mais de 60 minutos de duração, pode ser indicado o uso de isotônicos, mas sempre sob orientação profissional.
Accu-Chek:Quais são os efeitos colaterais de ambos?
Quando ingeridos sem critério e orientação, ambos podem apresentar efeitos colaterais. As bebidas energéticas, por exemplo, quando tomadas em excesso podem trazer problemas para a saúde, pois a cafeína, principal ingrediente estimulante presente, gera diferentes respostas ao organismo, como taquicardia, desordens do sono, tremores e problemas gastrintestinais. Além disto, os energéticos podem alterar os efeitos de alguns medicamentos.
Destaca-se que o uso em excesso de alimento ou suplemento não é recomendado. No caso do consumo demasiado dos isotônicos, observa-se risco de concentração excessiva de minerais como sódio no organismo e, assim, a descompensação do chamado balanço hidroeletrolítico. Em longo prazo, pode ocorrer prejuízo à função renal e aumento da pressão arterial.
Accu-Chek:Por que as pessoas misturam o energético com álcool nos bares? Há algum risco?
Quando associado ao álcool, os efeitos dos energéticos são intensos, porém perigosos. Isso porque a cafeína causa euforia e a taurina (um aminoácido presente nos energéticos) retarda os efeitos do álcool. Desta forma, a pessoa irá compensatoriamente beber mais, podendo apresentar coma alcoólico.
De acordo com estudo realizado pela Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), o energético mascara o gosto do álcool, o que colabora para uma maior ingestão de bebida alcoólica e promove uma falsa sensação de bem-estar, onde a pessoa se sente mais “ligada” e muitas vezes se considera capaz de realizar atividades que exigem um adequado reflexo, como dirigir. Além disso, podem ocorrer alterações no fígado, enxaquecas e problemas gástricos, incluindo ainda alterações da pressão arterial e insônia.
Accu-Chek:Você quer acrescentar algum comentário?
Uma boa alternativa caseira para quem pratica atividades leves é a água de coco. Além de saborosa e de um isotônico natural, é muito nutritiva contendo boas quantidades de sais minerais como potássio, sódio, fósforo e cloro. Água de coco também possui gorduras, carboidratos, proteínas, vitaminas (A, B1, B2, B5 e C). A presença de carboidratos e proteína nesse líquido também a faz ser uma boa opção para consumo depois do exercício físico para ajudar na recuperação.
Já os energéticos devem ser consumidos sempre sob orientação profissional, pois em grandes quantidades podem ocasionar males à saúde.
Fonte: ACCU-CHECK
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