segunda-feira, 18 de setembro de 2017

Cervicalgia: Dicas Para Um Tratamento Eficaz



Graças aos desenvolvimentos tecnológicos nossa cervical sofre cada vez mais. Passamos horas e horas abaixados olhando smartphones, tablets, computadores, escrevendo ou dirigindo, e o resultado aparece em nosso corpo na forma de patologias como a cervicalgia.

Ficando constantemente em posição de flexão a cabeça se torna muito pesada em relação ao corpo. Eventualmente nossos hábitos modernos acabam causando problemas, e um deles é a cervicalgia que já é um mau comum em consultórios de fisioterapia e Studios de Pilates do país inteiro. Ela varia de intensidade e causa, mas incomoda independentemente da origem e precisa de tratamento.

Base de Sustentação da Cervical

Podemos tratar nossos pacientes com cervicalgia de diversas maneiras através de Pilates, funcional, terapia manual, rpg, ou o que você preferir. Mas em qualquer reabilitação existe uma coisa que é preciso lembrar sempre: começar pela base.

Primeira base: complexo da cintura escapular.
Segunda base: região do transverso do abdômen.
Base principal: glúteo e membros inferiores.

Quando um paciente tem uma base fraca ele não consegue se recuperar, não importa quantos exercícios para cervical você faça. Precisamos trabalhar coxa, glúteo, escápula, abdômen, todas as bases para obter melhora no quadro. Essas regiões auxiliam o corpo a sustentar a cervical e o pescoço. 

A postura está entre uma das grandes vilãs da cervicalgia!

Estamos tratando uma pessoa e não uma cervical, como tudo está interligado outras regiões do corpo também são extremamente importantes. Desenvolver um treino para um corpo segmentado é limitante e diminui os resultados do tratamento.


Medo de Fazer Movimentos Atrapalha o Tratamento

O medo é um fator limitante em qualquer reabilitação.


Dever de casa

Passo a passo:

Segure a tolha nas mãos e posicionar atrás da cabeça.

Empurre a toalha para trás e manter nessa posição.

Segure a toalha na posição por 3 segundos.

Repita de 5 a 10 vezes.

CUIDADO! O aluno não deve fazer movimentos nesse exercício, somente sustentar a cabeça.


Dobre a toalha.

Apoie a toalha na parede e encoste a cabeça na tolha. Precisa encostar também as costas, a escápula, o glúteo e o quadril na parede, mas não o ombro e lombar.

Faça alongamento axial como se estivesse “crescendo”.

Puxe o ar e solte.




Fique de “mãos dadas” com as mãos à frente do peito.

Faça movimento para separar as mãos (mas sem separar, fazer somente força) por 3 segundos.

O aluno pode repetir o exercício de 5 a 10 vezes. Ele precisa lembrar de trocar o lado das mãos para alongar os dois dados.




Conclusão

Dores cervicais são extremamente comuns, por isso aprender uma maneira eficaz de trata-las é essencial para qualquer profissional que trabalhe com reabilitação. Primeiramente, temos de saber quem são os principais responsáveis, vilões visíveis e invisíveis.

Geralmente lembramos bem dos vilões visíveis e eles realmente são muito importantes no tratamento. Mas não trabalhe essas musculaturas sozinhas! Também existem vilões invisíveis que algumas vezes são esquecidos, por isso merecem atenção especial. Esquecer essas fáscias e musculaturas prejudica o tratamento e faz com que a recuperação demore muito mais.

Quando recebemos um aluno com cervicalgia podemos usar sintomas como formigamento ou desconforto para entender qual parte da cervical está mais comprometida. Basta lembrar as relações entre miótomos e dermátomos, regiões enervadas pela cervical. Assim podemos deixar nosso tratamento mais eficiente.

Sempre dou dicas para melhorar suas aulas e treinos, dessa vez também peço que preste atenção em alguns fatores que limitam nossos treinamentos. Alguns alunos têm medo de fazer movimentos porque foram condicionados pela dor.

Casos como esses exigem um trabalho gradual de recuperação. O aluno precisa recuperar a confiança e aprender que o movimento não é perigoso e deixar de temer a dor, tudo através de uma reprogramação neural.

Deixei nesse artigo várias dicas de exercícios para usar em seus treinamentos para pacientes com cervicalgia. A intenção é exercitar todas as cadeias musculares, especialmente as de base, já que um movimento harmônico depende completamente de uma base forte.

Por fim, precisamos sempre deixar deveres de casa para nossos alunos e pacientes. Através deles eles conseguem melhorar seus movimentos e ajudar no trabalho de recuperação.

Só precisamos lembrar de uma coisa para ter um ótimo tratamento: estamos tratando uma pessoa, não uma patologia. Nem todos os pacientes conseguem realizar os exercícios que indiquei, cada um tem dificuldades que devem ser respeitadas. Cabe ao profissional avaliar seu aluno e escolher o que mais se aplica a suas necessidades.

FONTE: KEYNER.LUIZ

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