segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

OSTEOPOROSE UM VILÃO SILENCIOSO

Osteoporose

A osteoporose é uma diminuição progressiva da massa óssea, que faz com que os ossos se tornem mais frágeis e propensos às fraturas.

Os minerais como o cálcio e o fósforo dão solidez e densidade aos ossos.
O organismo requer um fornecimento adequado de cálcio e de outros minerais para manter a densidade dos ossos. Deve, além disso, produzir as quantidades convenientes de hormônios como o da paratireóide, do crescimento, a calcitonina, os estrogênios nas mulheres e a testosterona nos homens.
Também precisa de um fornecimento adequado de vitamina D para absorver o cálcio dos alimentos e incorporá-lo nos ossos. Estes aumentam a sua densidade até atingir o seu valor máximo por volta dos 30 anos de idade. A partir de então, a densidade diminui lentamente.
Quando o organismo não é capaz de regular o conteúdo mineral dos ossos, estes perdem densidade e tornam-se mais frágeis, provocando osteoporose.


Existem diversos tipos de osteoporose

A causa da osteoporose pós-menopausa é a falta de estrogênio, o principal hormônio feminino que ajuda a regular o fornecimento de cálcio aos ossos.

Em geral, os sintomas aparecem em mulheres a partir dos 50 anos de idade; não obstante, podem começar antes ou depois dessa idade. Nem todas as mulheres têm o mesmo risco de desenvolver uma osteoporose pós-menopausa (as mulheres das etnias branca e oriental são mais propensas a esta doença que as mulheres de etnia negra).

A osteoporose senil é o resultado de uma deficiência de cálcio relacionada com a idade e de um desequilíbrio entre a velocidade de degradação e de regeneração óssea.

«Senil» significa que se manifesta em pessoas de idade avançada. Afeta, em geral, pessoas com mais de 70 anos e é duas vezes mais frequente nas mulheres que nos homens. As mulheres, com frequência, sofrem de ambas as formas de osteoporose, a senil e a pós-menopáusica.

Menos de 5 % das pessoas que padecem de osteoporose sofrem de uma osteoporose secundária (induzida por outras perturbações de saúde ou por medicamentos). Na sequência de certas doenças, como a insuficiência renal crónica e certas perturbações hormonais (especialmente da tiróide, das paratireóides ou das supra-renais) ou da administração de alguns medicamentos, como corticosteróides, barbitúricos, anti-convulsivantes e quantidades excessivas de hormônio tireoide. O consumo excessivo de álcool e de tabaco agrava a afecção.

A osteoporose juvenil idiopática é uma doença pouco frequente, de causa desconhecida. Aparece em crianças e adultos jovens, sem perturbações hormonais nem carências de vitaminas, e que não apresentam qualquer razão óbvia para ter ossos débeis.


Sintomas

A osteoporose não produz sintomas num primeiro momento devido à lenta diminuição da densidade óssea, especialmente entre os afetados pela osteoporose senil.

Outras pessoas nunca têm sintomas. Aparecem dor e deformações quando a redução da densidade óssea é tão importante que os ossos se esmagam ou fraturam. A dor crónica de costas pode aparecer devido ao esmagamento das vértebras (fraturas por esmagamento vertebral). As vértebras debilitadas podem partir-se de forma espontânea ou em consequência de uma pequena pancada. Em geral, a dor começa de maneira súbita, localiza-se numa zona determinada das costas e piora quando se está de pé ou ao andar. Pode aparecer dor ao tacto e, habitualmente, a dor desaparece de forma gradual ao fim de umas semanas ou meses. No caso de haver fractura de várias vértebras, pode produzir-se uma curvatura anormal da coluna vertebral (cifose), causando distensão muscular e dor.

Podem-se fraturar outros ossos, com frequência por causa de uma sobrecarga leve ou de uma queda, sendo a fratura do colo do fêmur uma das mais graves e uma das principais causas de invalidez e perda de autonomia em pessoas de idade avançada. Também é frequente a fratura de um dos ossos do braço (o rádio) no ponto de articulação com o punho (fratura de Colles).

Diagnóstico

Em caso de fratura, o diagnóstico de osteoporose baseia-se numa combinação de sintomas, exame físico e radiografias dos ossos.

A osteoporose pode ser diagnosticada antes que se verifique uma fratura por meio de exames que medem a densidade dos ossos. O mais preciso destes exames é a absorciometria de raios X de energia dupla (densitometria óssea). Este exame é indolor, não apresenta qualquer risco e tem uma duração de 5 a 15 minutos.

É útil para as mulheres com elevado risco de osteoporose e para aquelas em quem o diagnóstico é incerto, ou para avaliar com precisão os resultados do tratamento.

Prevenção e tratamento

A prevenção da osteoporose é mais eficaz que o seu tratamento e consiste em manter ou aumentar a densidade óssea por meio do consumo de uma quantidade adequada de cálcio, da prática de exercícios e, em alguns casos, da administração de medicamentos.

O consumo de uma quantidade adequada de cálcio é eficaz, sobretudo antes de se atingir a máxima densidade óssea (por volta dos 30 anos), mas também depois dessa idade. Tomar um suplemento de vitamina D e ingerir alimentos rico em cálcio ajuda a aumentar a densidade óssea em mulheres saudáveis de meia-idade que não receberam a quantidade suficiente destes nutrientes. Os exercícios que implicam suportar o peso corporal, como andar e subir escadas, aumentam a densidade óssea. Pelo contrário, os exercícios como a natação, em que não se suporta o próprio peso, não parecem aumentar a densidade.

Os estrogênios ajudam a manter a densidade óssea nas mulheres e costumam administrar-se juntamente com progesterona.

Devem tratar-se as fraturas que aparecem como resultado da osteoporose. Em geral, no caso das fraturas do colo do fêmur, substitui-se toda a pelve ou uma parte dela. Um punho fraturado é engessado ou corrigido cirúrgicamente. Quando à fratura de vértebras poderá ocorrer dor intensa na musculatura da coluna pela sobrecarga e a má postura. Usam-se coletes ortopédicos, analgésicos e fisioterapia; contudo, a dor poderá persistir durante muito tempo.


Factores que aumentam o risco de osteoporose nas mulheres:

Membros da familia com osteoporose;
Défice de cálcio na dieta;
Estilo de vida sedentário;
Etnia branca ou oriental;
Constituição magra ;
Não ter estado grávida;
Uso de certos medicamentos, como corticosteróides e quantidade excessiva de hormonio tireoide;
Menopausa prematura;
Tabagismo;
Consumo excessivo de álcool.



Fonte: www.manualmerck.net

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