Método Pilates e Gestação
Este método durante a gestação possui como finalidade promover uma boa postura prevenindo o surgimento de dores lombares e proporciona o relaxamento muscular. Outros benefícios:
Melhora o Fortalecimento dos Músculos dos Membros Inferiores – Protegendo as Articulações de Quadril, Joelhos e Tornozelos do Aumento da Sobrecarga;
Gera o Fortalecimento dos Músculos do Assoalho Pélvico – Promovendo Melhor Apoio para Útero;
Diminuição da Pressão sobre Bexiga;
Promove a Facilitação no Momento do Parto;
Melhora da Recuperação no Pós-Parto;
Melhora o Equilíbrio;
Melhora a Aptidão Aeróbica;
Melhora a Coordenação;
Melhora a Circulação Sanguínea;
Melhora a Respiração;
Entre Outros Diversos Benefícios.
Durante a gestação ocorrem diversas modificações no corpo da gestante, como por exemplo, no sistema respiratório, no sistema cardiovascular e no sistema músculo-esquelético.
Dentre essas modificações que ocorrem no corpo da gestante, podemos ter a ocorrência da diástase do músculo reto abdominal. E todas essas mudanças devem ser levadas em consideração ao se elaborar uma sessão do Método Pilates para esta paciente/aluna.
Diástase do Músculo Reto Abdominal
A diástase do músculo reto abdominal ocorre em cerca de dois terços das gestantes.
O útero grávido em crescimento e as alterações hormonais causadas pela relaxina, progesterona e estrógeno promovem o estiramento e separação do músculo reto abdominal, deixando um espaço de mais ou menos 1 a 2 cm entre os dois feixes do músculo.
A incidência da diástase é maior no terceiro trimestre de gestação.
A diástase do músculo reto abdominal de até 2 cm é considerada como normal nas regiões supra, infra e umbilical e, após a gestação o retorno da musculatura ocorre de maneira espontânea, sem ocorrência de complicações.
Esta diástase não provoca desconforto nem dor, porém devido à distensão excessiva do músculo reto abdominal pode ocorrer a diminuição na estabilização do tronco, aumentando assim a predisposição à dor lombar.
A diástase do músculo reto abdominal é considerada patológica quando está acima de 2,5 cm, pois interfere na estabilização do tronco, prejudicando a boa postura, a defecação, o parto e a contenção visceral.
Como fatores predisponentes para diástase do músculo reto abdominal está:
Obesidade;
Multiparidade;
Flacidez da Musculatura Abdominal Pré-Gravídica;
Levará à uma Maior Distensão do Músculo Reto Abdominal durante a Gestação e Gestações Múltiplas.
E durante a gestação ocorrem alterações biomecânicas que podem contribuir para a ocorrência de diástase do músculo reto abdominal, como por exemplo, a anteversão pélvica acompanhada – ou não – do aumento da lordose lombar.
Com isso ocorre mudança do ângulo de inserção dos músculos abdominais e pélvicos, promovendo uma distensão desta musculatura.
Para realizar a avaliação da diástase do músculo reto abdominal é preciso solicitar que a gestante se posicione em decúbito dorsal e flexione o tronco mantendo as duas mãos atrás da cabeça. Então, o profissional de saúde irá palpar a região da diástase podendo avaliar o seu tamanho.
Ou então utilizar algum instrumento para realizar essa avaliação, como por exemplo, o paquímetro que é um medidor de espessuras e diâmetros, de uso comum na engenharia.
E funciona como um método viável para auxiliar na verificação da diástase e permite examinar a redução da mesma após a intervenção com fisioterapia ou com o Método Pilates, e este instrumento realiza a medição precisa da espessura da diástase podendo dessa maneira avaliar a evolução do tratamento.
Método Pilates na Diástase do Músculo Reto Abdominal
A execução de exercícios de maneira correta pode promover a prevenção e a diminuição da diástase do músculo reto abdominal.
O Método Pilates pode ser utilizado como tratamento preventivo de diástase do músculo reto abdominal, promovendo um fortalecimento da musculatura abdominal antes da gestação.
Durante a gestação ao diagnosticar a diástase do músculo reto abdominal deve-se ser evitado os exercícios do Método Pilates que trabalham a flexão lateral de tronco, exercícios que giram o quadril e exercícios que giram o tronco.
Isso pois podem provocar um aumento da diástase, portanto exercícios como Sit Up, Roll Up, e Criss-Cross devem ser evitados, entre os demais exercícios que trabalhem esses movimentos com o corpo.
Os exercícios utilizados durante a prática do Método Pilates após a gestação e a ocorrência da diástase do músculo reto abdominal devem focar no fortalecimento na musculatura profunda do “core”.
Como por exemplo, a musculatura do assoalho pélvico, e o músculo transverso do abdômen, pois apresentam resultados positivos na diminuição da diástase do músculo reto abdominal após o parto.
Os exercícios prescritos pelo profissional durante a gestação e durante o pós-parto devem ser selecionados com muita cautela, pois exercícios abdominais mal executados podem provocar um aumento da pressão intra-abdominal, ocorrendo uma piora da diástase.
Dessa maneira, a escolha dos exercícios a serem utilizados deve ser realizada por um profissional capacitado a atender esse tipo de paciente/aluna.
Observa-se em mulheres que não praticaram atividade física durante a gestação ou que nunca praticaram nenhuma atividade a ocorrência de uma maior dificuldade no retorno da diástase do músculo reto abdominal.
Concluindo…
O Método Pilates apresenta ótimos resultados tanto na prevenção da diástase do músculo reto abdominal quanto na reabilitação pós-diástase.
É importante que o profissional que atenderá esse tipo de paciente/aluna, esteja ciente de todos os cuidados que deverão ser tomados.
O que determinará o sucesso do tratamento será a escolha correta dos exercícios a serem utilizados durante a sessão e a sua correta execução.
Fonte: Blog Pilates
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