quinta-feira, 29 de agosto de 2013

Você sabe o que é hérnia de disco?

Hérnia discal é o deslocamento do núcleo pulposo através do anel fibroso, constituindo-se como uma das principais causas de dor lombar (CECIL, 1992). A hérnia de disco surge como resultado de diversos pequenos traumas na coluna que vão, com o passar do tempo, lesando as estruturas do disco intervertebral, ou pode acontecer como conseqüência de um trauma severo sobre a coluna. A hérnia de disco surge quando o núcleo do disco intervertebral migra de seu local, no centro do disco para a periferia, em direção ao canal medular ou nos espaços por onde saem as raízes nervosas, levando à compressão das raízes nervosas.
Um disco é uma estrutura colocada entre duas vértebras. O disco possui uma área central gelatinosa (núcleo pulposo) circundada por um anel, que mantém esse núcleo no seu interior. O núcleo gelatinoso funciona como um amortecedor. Devido a fatores como seu envelhecimento (degeneração), o anel às vezes se rompe e permite a saída de parte do núcleo. Esse material gelatinoso comprime a raiz nervosa e provoca os sintomas de uma hérnia (de disco).
A maioria das hérnias ocorre na região lombar (perto da cintura), mas também existem hérnias da região torácica e cervical (pescoço).

Causas
Traumas, infecções, malformações congênitas, doenças inflamatórias e metabólicas, neoplasias, distúrbios circulatórios, fatores tóxicos, fatores mecânicos e psicossomáticos. (SAMARA, 1985).
Os fatores mecânicos são os maiores responsáveis (excesso de peso, postura inadequada, exposição a vibrações, pequenos traumas repetitivos e disfunções biomecânicas não corrigidas).
Também podemos considerar o tabagismo, suas substancias promovem vasoconstrição dificultando a nutrição do disco gerando sua fragilidade.
O sedentarismo é um fator de grande relevância, visto que os músculos multífidos e transverso do abdômem (estabilizadores), que ajudam a dissipar forças compressivas perdem a sua função protetora.

Processo e Evolução da Hérnia
O rompimento das fibras do anel fibroso do centro para a periferia começa a deformar o disco, dando a ele uma morfologia diferente, abaulado o que é denominado abaulamento discal. Esse abaulamento pode ser assintomático ou gerar dor lombar (lombalgia) caso ele entre em contato com o saco dural.
Com a evolução do quadro esse abaulamento poderá aumentar seu volume gerando uma protusão, que assim como o abaulamento pode ser assintomático.
A hérnia de disco ocorre quando há uma ruptura completa das fibras do anel fibroso e conseqüente extravasamento do núcleo pulposo, esse extravasamento em geral comprime uma raiz nervosa gerando um quadro de dor, que pode ser localizada na coluna lombar (lombalgia), na coluna irradiando para a face posterior da perna e glúteos (lombociatalgia) ou mesmo apenas dor irradiada para a face posterior da perna e glúteos (ciatalgia).
A hérnia pode apresentar também uma condição chamada sequestro, quando o material não está no local da extrusão.

A utilização de técnicas de fisioterapia manual (osteopatia, mobilização neural, estabilização vertebral, RPG, Mckenzie e outros), possibilita restaurar a mobilidade funcional do segmento, correção de alterações posturais e bloqueios mecânicos, alivio da dor e principalmente visa uma solução não cirúrgica eficiente para essa patologia, com resultados positivos acima dos 85%. 

Fonte: Coluna sem dor

quarta-feira, 21 de agosto de 2013

Para que servem as molas dos equipamentos?

O sistema de molas é o que rege os equipamentos de Pilates. E por que optar por fazer exercícios com esse mecanismo? As molas são objetos elásticos e flexíveis, utilizados para armazenar energia mecânica. No nosso dia a dia, estamos cercados por objetos que utilizam o sistema de molas, como canetas, carros, cadeiras, recipientes de shampoos e sabonetes líquidos e a cama em que dormimos.

No Pilates, a mola tem como objetivo promover resistência ou assistência na execução dos exercícios, com o intuito de aumentar a força, a resistência à fadiga e a potência muscular. A força da mola modifica de acordo com a variação do seu comprimento, sendo assim, quanto maior a distância da mola em relação à base onde está fixada, maior é a intensidade da força desta.

Além disso, utilizamos no Pilates diferentes tipos de molas, elas podem ser longas ou curtas e ter diversas intensidades, desde as mais leves até as mais pesadas. A escolha da mola deve ser feita de acordo com o foco do exercício a ser realizado, visando à promoção de excelentes resultados.

MOLAS X PESOS
Os pesos convencionais (halteres, caneleiras, barras de ferro) promovem a mesma carga durante todo o arco de movimento, tornando o exercício menos funcional e mais suscetível à lesão. Já o sistema de molas promove uma resistência gradual do início ao fim do movimento. No início do exercício, o músculo é mais fraco, porém a tensão colocada nele e no seu tendão é elevada, nessa fase há um grande risco de lesão.

Entretanto, esse risco é minimizado uma vez que a resistência da mola é menor nessa fase. E essa resistência aumenta progressivamente na amplitude do movimento onde a contração muscular é maior (esse é o ponto de maior força do músculo, portanto o risco de lesão é mínimo). Sendo assim, o sistema de molas provoca menor impacto às articulações e, consequentemente, o risco de lesão é muito menor quando comparado aos exercícios com pesos convencionais.

Fonte: Revista Pilates