terça-feira, 5 de junho de 2018

Método Pilates e Diástase do Músculo Reto Abdominal devido à Gestação


Método Pilates e Gestação

Este método durante a gestação possui como finalidade promover uma boa postura prevenindo o surgimento de dores lombares e proporciona o relaxamento muscular. Outros benefícios:

Melhora o Fortalecimento dos Músculos dos Membros Inferiores – Protegendo as Articulações de Quadril, Joelhos e Tornozelos do Aumento da Sobrecarga;

Gera o Fortalecimento dos Músculos do Assoalho Pélvico – Promovendo Melhor Apoio para Útero;

Diminuição da Pressão sobre Bexiga;

Promove a Facilitação no Momento do Parto;

Melhora da Recuperação no Pós-Parto;

Melhora o Equilíbrio;

Melhora a Aptidão Aeróbica;

Melhora a Coordenação;

Melhora a Circulação Sanguínea;

Melhora a Respiração;

Entre Outros Diversos Benefícios.

Durante a gestação ocorrem diversas modificações no corpo da gestante, como por exemplo, no sistema respiratório, no sistema cardiovascular e no sistema músculo-esquelético.

Dentre essas modificações que ocorrem no corpo da gestante, podemos ter a ocorrência da diástase do músculo reto abdominal. E todas essas mudanças devem ser levadas em consideração ao se elaborar uma sessão do Método Pilates para esta paciente/aluna.

Diástase do Músculo Reto Abdominal



A diástase do músculo reto abdominal ocorre em cerca de dois terços das gestantes.

O útero grávido em crescimento e as alterações hormonais causadas pela relaxina, progesterona e estrógeno promovem o estiramento e separação do músculo reto abdominal, deixando um espaço de mais ou menos 1 a 2 cm entre os dois feixes do músculo.

A incidência da diástase é maior no terceiro trimestre de gestação.

A diástase do músculo reto abdominal de até 2 cm é considerada como normal nas regiões supra, infra e umbilical e, após a gestação o retorno da musculatura ocorre de maneira espontânea, sem ocorrência de complicações.

Esta diástase não provoca desconforto nem dor, porém devido à distensão excessiva do músculo reto abdominal pode ocorrer a diminuição na estabilização do tronco, aumentando assim a predisposição à dor lombar.

A diástase do músculo reto abdominal é considerada patológica quando está acima de 2,5 cm, pois interfere na estabilização do tronco, prejudicando a boa postura, a defecação, o parto e a contenção visceral.

Como fatores predisponentes para diástase do músculo reto abdominal está:

Obesidade;

Multiparidade;

Flacidez da Musculatura Abdominal Pré-Gravídica;

Levará à uma Maior Distensão do Músculo Reto Abdominal durante a Gestação e Gestações Múltiplas.

E durante a gestação ocorrem alterações biomecânicas que podem contribuir para a ocorrência de diástase do músculo reto abdominal, como por exemplo, a anteversão pélvica acompanhada – ou não – do aumento da lordose lombar.

Com isso ocorre mudança do ângulo de inserção dos músculos abdominais e pélvicos, promovendo uma distensão desta musculatura.

Para realizar a avaliação da diástase do músculo reto abdominal é preciso solicitar que a gestante se posicione em decúbito dorsal e flexione o tronco mantendo as duas mãos atrás da cabeça. Então, o profissional de saúde irá palpar a região da diástase podendo avaliar o seu tamanho.

Ou então utilizar algum instrumento para realizar essa avaliação, como por exemplo, o paquímetro que é um medidor de espessuras e diâmetros, de uso comum na engenharia.

E funciona como um método viável para auxiliar na verificação da diástase e permite examinar a redução da mesma após a intervenção com fisioterapia ou com o Método Pilates, e este instrumento realiza a medição precisa da espessura da diástase podendo dessa maneira avaliar a evolução do tratamento.

Método Pilates na Diástase do Músculo Reto Abdominal

A execução de exercícios de maneira correta pode promover a prevenção e a diminuição da diástase do músculo reto abdominal.

O Método Pilates pode ser utilizado como tratamento preventivo de diástase do músculo reto abdominal, promovendo um fortalecimento da musculatura abdominal antes da gestação.

Durante a gestação ao diagnosticar a diástase do músculo reto abdominal deve-se ser evitado os exercícios do Método Pilates que trabalham a flexão lateral de tronco, exercícios que giram o quadril e exercícios que giram o tronco.

Isso pois podem provocar um aumento da diástase, portanto exercícios como Sit Up, Roll Up, e Criss-Cross devem ser evitados, entre os demais exercícios que trabalhem esses movimentos com o corpo.

Os exercícios utilizados durante a prática do Método Pilates após a gestação e a ocorrência da diástase do músculo reto abdominal devem focar no fortalecimento na musculatura profunda do “core”.

Como por exemplo, a musculatura do assoalho pélvico, e o músculo transverso do abdômen, pois apresentam resultados positivos na diminuição da diástase do músculo reto abdominal após o parto.

Os exercícios prescritos pelo profissional durante a gestação e durante o pós-parto devem ser selecionados com muita cautela, pois exercícios abdominais mal executados podem provocar um aumento da pressão intra-abdominal, ocorrendo uma piora da diástase.

Dessa maneira, a escolha dos exercícios a serem utilizados deve ser realizada por um profissional capacitado a atender esse tipo de paciente/aluna.

Observa-se em mulheres que não praticaram atividade física durante a gestação ou que nunca praticaram nenhuma atividade a ocorrência de uma maior dificuldade no retorno da diástase do músculo reto abdominal.

Concluindo…

O Método Pilates apresenta ótimos resultados tanto na prevenção da diástase do músculo reto abdominal quanto na reabilitação pós-diástase.

É importante que o profissional que atenderá esse tipo de paciente/aluna, esteja ciente de todos os cuidados que deverão ser tomados.

O que determinará o sucesso do tratamento será a escolha correta dos exercícios a serem utilizados durante a sessão e a sua correta execução.

Fonte: Blog Pilates