quarta-feira, 19 de maio de 2021

Pés: por que treinar descalço?

 


Desenvolvimento motor

A criança conhece o mundo pelos pés e mãos, então, ao ser calçada, ela fica privada de uma parte essencial da exploração, podendo ter prejuízos em seu desenvolvimento, tanto motor quanto cognitivo. Durante a infância acontece o período de amadurecimento neuro-sensório-motor e a cada nova experiência padrões de controle postural e de equilíbrio são aperfeiçoados. Além de deixar as crianças com pés descalços sempre que possível, também é interessante permitir que experimentem diferentes tipos de solo (areia, terra, grama…) e, se o chão frio for um problema, vista nela uma meia que a esquente, mas ainda permita mais movimentos que o sapato permitiria.

Isso também vale para os adultos, se não estiver em um ambiente formal ou com alto potencial de lesão na sola dos pés, prefira estar descalço o máximo possível. A manutenção dos padrões táteis de exploração e desenvolvimento motor são de extrema importância para a realização das atividades diárias da vida adulta de forma eficaz. Comece se acostumando com as texturas do chão em casa, depois estenda até a praia, com caminhadas descalço na areia, ou no sítio, enquanto anda pelo gramado. Quanto mais você puder estimular a planta do seu pé, melhor. 

Equilíbrio e postura

Enquanto você anda descalço exercita itens importantes, como equilíbrio e postura. Os receptores sensoriais presentes nos pés são as estruturas responsáveis pela exploração e reconhecimento do ambiente, com capacidade de transformar um determinado estímulo tátil em impulso nervoso. Essa sensibilidade plantar desencadeia reflexos de propriocepção (equilíbrio), permitindo que as informações vindas dos receptores podais sejam processadas pelo sistema nervoso central (SNC) e transmitidas aos músculos, auxiliando no desenvolvimento de força muscular e coordenação motora. 

Por haver uma grande quantidade de receptores sensoriais nos pés, a região é considerada um segmento de captação postural, informando constantemente o SNC sobre as posições que nosso corpo adota durante todo o dia nas posturas estáticas e dinâmicas ao realizar ajustes compensatórios aos estímulos externos. Esse sistema de respostas aperfeiçoadas torna os pés uma excelente ferramenta de equilíbrio, assim, fica claro que sua anatomia e sensibilidade à pequenas deformações no solo tem uma função extremamente importante na marcha, na postura estática e também durante as posturas dinâmicas do dia a dia. 

Quadros de enfermidade, como neuropatias periféricas (danos nos nervos dos pés, por exemplo), além de comprometer a sensibilidade podal, também alteram o tempo de ativação muscular, dificultando o controle postural. Assim, fica claro entender que todas as relações plantares colaboram com o equilíbrio e são priorizadas pelo SNC para manutenção do movimento corporal correto. Além disso, o envelhecimento naturalmente altera o sistema nervoso, diminuindo a sensibilidade podal e, com essa limitação de informações sensoriais, podemos entender o porquê do pior controle postural e de equilíbrio em pessoas com idade mais avançada. E nesses casos, é ainda mais importante andar descalço.

Linha superficial posterior

Um grande avanço para os profissionais do movimento foi o estudo atual sobre trilhos anatômicos. Thomas Myers descreveu como linhas que percorrem nosso corpo com a função de manutenção da postura, composta por grupos musculares que possuem uma ligação entre si. Enquanto o sistema de fáscias reveste nossos sistemas e estruturas, as linhas conectam músculos e ossos, criando uma continuidade em todo nosso corpo. Além disso, os trilhos podem transmitir força, como se os músculos fossem condutores enquanto a fáscia é responsável por direcionar essas forças. Uma contração gerada no glúteo pode ser conduzida para o tronco e entregue de forma potente até os braços, por exemplo. 

A Linha superficial posterior é uma dessas linhas descritas nos trilhos anatômicos, começando na fáscia plantar dos pés, seguindo por trás das pernas, tronco e terminando na fáscia epicranial da testa. Ela é responsável por conectar toda a superfície posterior do corpo, literalmente da planta do pé ao topo da cabeça, o que nos possibilita manter a posição em pé sem cair à frente. Qualquer disfunção nas regiões que fazem parte dessa linha, seja de encurtamento ou fraqueza, desencadeia alterações posturais significativas que podem acabar em lesões e dores. Realizar exercícios com essas alterações pode ser prejudicial, por isso, a liberação miofascial de toda a planta do pé é uma excelente ferramenta para ganho de harmonia entre as linhas anatômicas, permitindo movimentos mais fluidos e corretos. Essa liberação pode ser feita de forma manual ou com acessórios, mas vale reforçar que, ao caminhar descalço, as texturas e deformidades do solo podem realizar esse estímulo de forma passiva. 

Reflexologia 

A reflexologia é uma outra técnica muito eficaz, da medicina complementar, podendo prevenir e tratar disfunções, além de aumentar o relaxamento, melhorar o sono e promover bem-estar emocional e físico. Esse tipo de massagem utiliza pressão dos polegares em pontos específicos do pé que correspondem a órgãos e várias outras regiões de todo o corpo. É importante reforçar que não substitui o tratamento tradicional e a prática de exercícios, mas pode ser usado por todas as pessoas para diminuir dores e tratar desde disfunções físicas, até ansiedade e depressão. 

Exercícios para os pés

Diferentemente do que muitos pensam, o pé não é uma estrutura rígida. Temos diversos músculos podais, o que torna a região treinável. Logo, podemos evitar dores por meio de exercícios. Esses músculos são responsáveis por manter o arco plantar, estrutura em forma de curva, localizada na parte de baixo do pé que distribui a pressão entre as diferentes áreas plantares e dissipa energia, minimizando os impactos nas articulações. Ao deixar seu pé preso dentro de um sapato durante muitas horas seguidas, há prejuízo nesse sistema de amortecimento e absorção de impacto. Você conhece alguém com pé “chato” ou já ouviu falar em fascite plantar, por exemplo? Estes e vários outros problemas podem ser prevenidos e tratados quando melhoramos a mobilidade e força dos pés, ou seja, pé plano não é imutável pela genética e fascite não se resolve somente com uso de palmilhas nos calçados. Qualquer alteração na curvatura plantar pode causar dores e o melhor remédio é estimular a região com diferentes movimentos. 


Conclusão

Depois de entender que os pés foram preparados para receber estímulos táteis para reconhecimento do mundo e que os receptores podais funcionam como captores posturais para manutenção da postura estática e dinâmica, não há justificativa para passar o dia todo de sapato. Claro que devemos usar essa ferramenta para proteger nossa sola daqueles terrenos que possam cortar ou furar o pé, mas usar das variações de solo em questão de textura e desníveis para estimular a mobilidade e força de toda a estrutura plantar, é saudável e necessário.

Evite também as meias, se a temperatura permitir. Mesmo durante as aulas de Pilates, nosso arco plantar serve como amortecedor natural e o atrito da pele com o aparelho é importante para a sensibilidade que os movimentos exigem. 

Fonte: Revista Pilates


segunda-feira, 19 de abril de 2021

5 COISAS QUE VOCÊ JAMAIS DEVE FAZER APÓS UM ESTIRAMENTO NA PANTURRILHA!

 


Você estava jogando sua pelada e vai chutar a bola, ou estava praticando o treino de corrida e vai dar um “sprint” e “boom”. Sente uma fisgada súbita na panturrilha, semelhante a uma pedrada. Um estiramento na panturrilha.

Parece que da para continuar, mas a cada metro caminhado, a dor vai aumentando até que realmente não dá mais para andar.

Sim. Você acabou de sofrer uma lesão muscular na panturrilha!

Como já escrevi em outros artigos informativos, os músculos da panturrilha (assim como qualquer grupo muscular) estão sujeitos a uma ruptura quando são submetidos a esforço acima de seus limites fisiológicos, especialmente se outros fatores estão envolvidos. Tais como: condições meteorológicas (muito frio ou muito calor na temperatura ambiente), aquecimentos inadequados e fadiga muscular.

O estiramento na panturrilha ocorre porque, durante o gesto esportivo de frear, o grupo muscular anterior da perna se contrai vigorosamente objetivando força, trazendo para si o tornozelo e o grupo posterior, a panturrilha estica-se contra a resistência, objetivando modular o movimento. Isso chamamos de “contração excêntrica”. Neste momento, por não resistir a força, ela se rompe.

Uma vez lesionado, o esportista se vê em um quadro de dor que vai se agravando com o passar dos dias e muitas dúvidas vão surgindo.

Mas, calma. Tratando de maneira correta, a lesão tende a ser curada de uma forma muito boa.


Seguem abaixo algumas dicas de 5 coisas que você jamais deve fazer:


1. Deixar de procurar um médico após um Estiramento na Panturrilha

Procure sempre auxilio médico. Preferencialmente de um médico que tenha conhecimento em traumatologia do esporte.

Além de fazer o diagnóstico e graduar o estiramento na panturrilha, o profissional descartará lesões que mimetizam a lesão muscular como síndrome compartimental, cãibras, tumores e problemas vasculares, como a síndrome do aprisionamento da artéria Poplitea, por exemplo.


2. Voltar a treinar sem orientações após um Estiramento na Panturrilha

Dependendo do grau do estiramento da panturrilha, a melhoria da dor e contratura vem dentro de 1 semana, e  é comum o esportista se sentir apto a voltar ao exporte. Aí que mora o perigo!

A cicatriz da lesão pode estar imatura e “boom”: a temida re-lesão acontece.

Lembrando que, quanto maior o número de novos traumas na cicatriz, mais inelástico vai ficando o músculo e, consequentemente, pior o prognóstico a longo prazo.


 3. Fazer compressa quente

Na fase aguda do estiramento da panturrilha (primeiros dias e semanas), fazer compressas mornas pode levar à vasodilatação local, com consequente aumento do hematoma, agravo da reação inflamatória local e, consequentemente, aumento da dor e disfunção do membro.


4. Realizar alongamento

É muito comum o esportista achar que aquela “fisgada” deve-se ao fato de não ter alongado corretamente antes do exporte e tenta se alongar para ver se melhora.

O alongamento mau orientado vai tracionar uma área lesionada e o resultado, obviamente será um agravo da lesão.


5. Trocar a sua modalidade esportiva

Também muito comum o esportista achar que a fisgada é apenas uma contratura e que correr, pedalar ou fazer musculação vai “soltar” o músculo. Isso pode tanto agravar o estiramento na panturrilha, quanto aumentar o hematoma.



Fonte: Dr. Adriano Leonardi

Dr. Adriano Leonardi possui 20 anos de experiência em Ortopedia. É Médico Ortopedista Especialista em Joelho; Mestre em Ortopedia e Traumatologia; Médico do Esporte; Membro da Diretoria da Sociedade Paulista de Medicina Desportiva; Colunista e Consultor dos Sites 'Eu Atleta' e 'Globo Esporte'. 

 


sábado, 16 de janeiro de 2021

Diafragma um músculo importante não só para a respiração, mas para todos os sistemas corporais!!


 “Não há, sem dúvida, nenhum outro músculo no corpo humano que seja tão central literal e figurativamente para a nossa saúde física, bioquímica e emocional quanto o diafragma. Desde seu papel óbvio na respiração até seus papéis menos óbvios na estabilidade postural, descompressão espinhal, dinâmica de fluidos, saúde visceral e regulação emocional, o diafragma tem um repertório de funções que é amplo para qualquer padrão muscular. ”

“O diafragma é uma das áreas mais notáveis do corpo, pois tem muita influência e as consequências de sua disfunção podem se manifestar em qualquer lugar, da cabeça aos pés”

Função Respiratória:

Você pensaria que eu teria terminado, mas ainda nem falamos sobre as funções principais do diafragma! Vamos começar com o papel mais óbvio como o a respiração. Quando o diafragma se contrai (nivela), ele cria uma pressão negativa no tórax para atrair o ar. Então, quando ele relaxa (abaixa), ele empurra o ar para fora. Ele é projetado para atender às demandas de uma atividade e controla nossa capacidade de sussurrar em gritar. 70% da função respiratória mecânica está ligada ao diafragma.

Função Postural:

Embora eu considere a respiração absolutamente essencial para a vida humana, meu principal interesse na função diafragmática sempre foi seu papel na estabilidade postural, porque está mais diretamente relacionado com a função sem dor.

Quando o diafragma se contrai, aumenta a pressão intra-abdominal, que então estabiliza a coluna, mas estudos também mostraram que o diafragma se contrai para se estabilizar, independentemente da fase da respiração. Em outras palavras, o diafragma estabiliza a coluna vertebral indiretamente por meio da pressão intra-abdominal, mas também diretamente por meio da rigidez gerada por uma contração.

As pesquisas demonstram que o diafragma é um dos primeiros músculos a se contrair na preparação para levantar algo ou mover um membro. 
Também foi demonstrado que indivíduos com capacidade limitada de contrair o diafragma para estabilização e aqueles com ativação descoordenada do diafragma têm maior probabilidade de dor nas costas, e o aparecimento de hérnias.

Embora o diafragma seja capaz de realizar a respiração e a estabilização ao mesmo tempo, a contração estabilizadora diminuirá conforme a demanda respiratória aumenta. 

Isso faz sentido porque nossa capacidade de respirar e oxigenar nosso cérebro é muito mais importante do que a estabilidade da coluna para a sobrevivência, então é o primeiro a morrer. 

Aqueles que têm dor lombar demonstram fadiga respiratória precoce, também conhecida como função estabilizadora, que diminui mais cedo com cargas respiratórias menores.

Função gastroesofágica:

Em minha opinião, a função mais surpreendente do diafragma é seu papel na deglutição, vômito e prevenção do refluxo do conteúdo do estômago para o esôfago. Fique surpreso não com o quê, mas com o como dessa função.

Na verdade, existem duas partes do diafragma, a porção crural e a porção costal. Até este ponto, tenho falado principalmente sobre a porção costal que é o perímetro do músculo. A porção central na parte crural.

Mas essa não é a parte legal. Na verdade, essas duas partes funcionam separadas uma da outra para permitir a deglutição e o vômito. Por exemplo, no vômito, a parte crural (central) relaxa para permitir a ejeção do conteúdo do estômago, enquanto a parte costal (externa) se contrai com os abdominais para aumentar a pressão intra-abdominal e forçar o conteúdo para fora. 

 O nervo vago é o que inerva a porção crural do diafragma, então o tônus simpático pode contribuir para o refluxo ácido.

Influência Linfática:

O diafragma também é o principal motor dos órgãos.  Essa massagem dos órgãos é importante não apenas para o funcionamento adequado dos órgãos, mas também para a drenagem da linfa (fluido). 60% dos linfonodos estão localizados logo abaixo do diafragma. O ritmo da respiração diafragmática estimula a limpeza desses nódulos, criando uma pressão negativa puxando o fluido linfático de volta para o sistema linfático.

A contração do diafragma também reduz o diâmetro da veia cava, auxiliando no retorno do sangue ao coração. Portanto, se alguém apresentar inchaço nos membros inferiores, a função diafragmática deve ser avaliada.

Influência Cardíaca:

Existem algumas maneiras pelas quais o diafragma afeta o sistema cardiovascular. Como acabei de mencionar, ele promove o retorno venoso ao estreitar a veia cava, mas também faz isso criando um gradiente de pressão que facilita o fluxo de sangue de volta para o coração. Este efeito é maximizado na respiração lenta e profunda. 

Outra conexão já observada é o ligamento que vai do coração ao diafragma. Isso significa que a falta de movimento do diafragma pode reduzir a capacidade do coração de se contrair e, portanto, prejudicar a circulação sanguínea.

A frequência cardíaca também é fortemente influenciada pela respiração. Em uma inspiração aumenta a frequência do coração e diminui em uma expiração. Essa alteração cíclica na freqüência cardíaca é conhecida como arritmia sinusal respiratória (RSA) e parece melhorar as trocas gasosas nos pulmões.

Se olharmos apenas para a frequência cardíaca medida através do pulso, a respiração diafragmática a diminui reduzindo a atividade simpática (lutar ou fugir). Isso é realizado pela estimulação do nervo vago e ativação do reflexo hering-breur por meio de um aumento no volume corrente (quantidade de ar que passa pelos pulmões).

Influência Emocional:

A separação entre o coração e a influência emocional do diafragma é uma linha borrada. Uma entidade local chamada Heartmath ( https://www.heartmath.com) fez muitas pesquisas conectando o estresse a um aumento no que eles chamam de variabilidade da frequência cardíaca, que é a quantidade de variação na frequência cardíaca entre a inspiração e a expiração, também conhecida como RSA. Eles mostraram, por meio de extensas pesquisas, que a variabilidade da frequência cardíaca (e, portanto, nossa resposta ao estresse) é melhorada com a respiração diafragmática. A pressão arterial e outros parâmetros da função cardíaca também são melhorados. A conclusão geral é que os estados emocionais afetam o diafragma e vice-versa, cujo grau é medido pelo RSA. 

Se algum de vocês tiver o Apple Watch, ele usa a variabilidade da frequência cardíaca (também conhecida como RSA) como um gatilho para lembrá-los de respirar. E tenho certeza de que muitos de vocês já experimentaram essa conexão na vida. Quando você está sob estresse agudo, sua respiração encurta e se move para cima em seu peito enquanto sua freqüência cardíaca aumenta. Se você não percebeu isso até agora, pare por um momento na próxima vez que estiver estressado. Reconheça a sensação dessa mudança fisiológica e depois concentre-se na respiração diafragmática para retornar à homeostase. 

Seu material poderoso:

O diafragma também é o músculo responsável pela expressão das emoções, por isso faz sentido que seja um componente-chave das técnicas de liberação somatoemocional. A expressão física de estresse e emoções ocorre quando não os liberamos. O ato de chorar envolve uma inspiração profunda (também conhecida como contração diafragmática) seguida por uma pausa e, em seguida, gemido seguido por mais suspiros de ar e mais gemidos. Os goles de ar são contrações diafragmáticas e o gemido é uma contração abdominal com relaxamento diafragmático. O ato de chorar é dor / tensão emocional sendo exportada do sistema nervoso. Se não chorarmos e prendermos a respiração, o diafragma pode conter essa tensão enquanto os abdominais estão desligados e distendidos. Resumindo, isso não é bom.

“Pela ação (do diafragma) vivemos, e por seu fracasso, encolhemos, ou aumentamos, ou morremos”
Andrew Still. Filosofia da Osteopatia. Mo: AT Still, Kirksville 1899.

Então, por que gastar todo esse tempo aprendendo sobre o diafragma e tudo o que ele faz? A maioria de nós não respira diafragmaticamente. Na verdade, 83% das pessoas com ansiedade apresentam um padrão respiratório disfuncional. E quem não está ansioso hoje em dia? Em outras palavras, esta informação se aplica a quase todos vocês. Portanto, da próxima vez que começarmos seu tratamento trabalhando na respiração, você saberá exatamente por quê.

Espero que tenham gostado.

Fonte: Dr. André Frare - Fisioterapeuta Osteopata - Cascavel - Paraná - Brasil - CREFITO 51551


domingo, 16 de agosto de 2020

A IMPORTÂNCIA DA ATIVIDADE FÍSICA PARA A SAÚDE

 


A importância da atividade física para a saúde está diretamente relacionada à melhoria da qualidade de vida, reduzindo consideravelmente os riscos de desenvolvimento de doenças cardiovasculares, diabetes, problemas relacionados a baixa imunidade, além dos transtornos de fundo emocional.

Desde a idade juvenil, considerando crianças de todas as faixas etárias até as pessoas da terceira idade, podem perceber a importância da atividade física para a saúde,  uma vez que tornam-se evidentes a evolução nos estímulos corporais, qualidade da memória, principalmente no caso dos idosos, e funcionamento do organismo.

Em relação aos indivíduos que já alcançaram a terceira idade, por exemplo, é recomendável a atividade física para evitar ou retardar os casos de Alzheimer como por exemplo, que atingem boa parte da população a partir dos 65 anos. 

Por contribuir com a redução ou controle de peso e ajudar no equilíbrio das taxas de gordura na corrente sanguínea, a importância da atividade física para a saúde também se dá pelo auxílio na diminuição de ingestão de medicamentos que servem para problemas relacionados a diabetes tipo 2, pressão alta e níveis de triglicerídeos.

A importância da atividade física para a saúde e seus benefícios para o funcionamento do corpo

A importância da atividade física para a saúde se reflete em muitas vertentes na rotina dos praticantes. A mudança do estilo de vida sedentária para a prática de hábitos saudáveis é sentida tanto no emocional como fisicamente, e os benefícios são significativos.

Benefícios da atividade física e contribuições para a saúde:

• Reduz os riscos de desenvolvimento de enfermidades cardiovasculares, acidente vascular cerebral (AVC) e hipertensão;

• Controle da taxa de colesterol LDL (considerado colesterol ruim) e aumento do colesterol HDL (uma gordura de boa qualidade);

• Auxilia no controle da hipertensão arterial;

• Ameniza o risco de desenvolver diabetes e controla a taxa de glicose no sangue;

• Menores chances de desenvolver diversos tipos de câncer, principalmente quando a atividade física está associada a uma boa alimentação; 

• A importância da atividade física para a saúde também pode ser um fator para o controle de peso, também atrelado a uma alimentação de qualidade;

• Melhora os quadros de depressão, ansiedade, dentre outros problemas relacionados a transtornos psicossociais;

• A importância da atividade física para a saúde também está relacionada às crianças. Além de contribuir com a interação social, evita os quadros de obesidade infantil; 

• Em casos de pessoas idosas, a atividade física contribui com a autoestima. Eles se sentem mais fortes, ativos e com disposição para realizar tarefas simples da rotina.

A importância da atividade física para a saúde e seus benefícios para o cérebro

O tecido cerebral recebe todas as informações coletadas no meio ambiente através dos sentidos do corpo humano: visão, tato, paladar, olfato e visão. Isso faz com que o tecido cerebral realize um processo, desencadeando na movimentação de músculo. Logo, o contato do cérebro com o meio externo é dado pela da atividade física, por meio de um movimento qualquer.

O exercício físico traz inúmeros benefícios para quem o pratica, podendo ser realizado de modo profissional ou amador, considerando sempre a intensidade do movimento e respeito aos limites do corpo.

Cada pessoa irá optar pela atividade de acordo com sua finalidade. Pode ser um exercício aeróbico, de força ou equilíbrio, contanto que seja realizado de forma organizada, pois contribui com a performance do praticante.

Importante! Especialistas alertam que a melhor forma de obter êxito nesse processo é escolher uma atividade que agrade a pessoa que irá realizar.

Durante a realização da atividade, o cérebro é oxigenado com sangue de boa qualidade e, neste momento, muitas ações ocorrem no corpo, uma delas é a maior atividade cerebral de uma área chamada de hipocampo.

Isso resulta no melhor desempenho da memória e maior capacidade intelectual, além da liberação de endorfina, hormônio que transmite a sensação de prazer, diminui a ansiedade e ativa a serotonina, um neurotransmissor responsável por combater a depressão. 

Benefícios da atividade física

A importância da atividade física para a saúde, além dos aspectos já citados, também favorece nas questões emocionais, resultando em bem-estar, aumento da autoestima e  energia para atividades do dia a dia.  

Para pessoas idosas, a prática regular da atividade física também melhora a flexibilidade, a postura e ajuda na manutenção da massa óssea, importante para realização de pequenas tarefas no cotidiano.

Realizados de forma coletiva ou isolada, a importância da atividade física para a saúde é também manter o corpo em forma e resistente. Qualquer atividade que o submeta  a uma movimentação regular e ritmada gera benefícios, desde que sua prática seja responsável.

Ao contrário dos hábitos saudáveis, o sedentarismo gera sérios danos à saúde. Sendo eles:

• Risco de desenvolvimento de doenças cardiovasculares;

• Aumento de peso;

• Risco de contrair doenças relacionadas a baixa imunidade;

• Facilidade para desenvolver doenças psicológicas, como é o caso do transtorno de ansiedade; 

• Problemas relacionados a fraqueza dos ossos, como artrite, artrose e osteoporose.

Fonte:  educabrasil.com.br

Prática de atividade física x Sistema imunológico x Covid-19

 


Grande parte da população tem consciência que a prática de atividade física é importante para a saúde e longevidade. Em tempos de pandemia causada pelo novo coronavírus (COVID-19), os exercícios físicos podem contribuir para fortalecer o sistema imunológico.


De acordo com o professor de Educação Física da UNINASSAU Caruaru, Lucas Fillipe Mota Florêncio, a prática de atividades físicas pode ser considerada um remédio preventivo contra doenças e infecções. “Desde o início do nosso século, o exercício físico é visto como uma intervenção não medicamentosa que tem efeitos positivos desde a constituição física à condição mental dos indivíduos”, explica o profissional.

Com o isolamento social, a impossibilidade de ir e vir, para onde, como e quando quiser, é algo novo para as pessoas. Essa situação tem diversos efeitos negativos, físicos e mentais. 

“Da imobilidade física (sedentarismo; inatividade) somos levados a doenças crônicas não transmissíveis (obesidade, diabetes, dislipidemia), da imobilidade social (isolamento e distanciamento) somos levados à solidão, tristeza, saudade, angústia, ansiedade”, afirma o professor. “Tanto a imobilidade física como a imobilidade social podem contribuir para a depressão do sistema imune, ou seja, diminuição da capacidade de defesa do corpo contra agentes internos e externos”, complementa.

Portanto, quando o exercício físico é praticado de forma regular, aliado a uma boa alimentação e hidratação, se torna um grande aliado para fortalecer o sistema imunológico durante a pandemia do COVID-19, além de prevenir contra outras doenças. É importante aproveitar esse momento em casa para cuidar do corpo, da mente e da alma. Existe muitas possibilidades, como aulas on-line de Pilates, Yoga, Meditação, Dança,......

Procure um profissional qualificado e mãos a obra!!

Fonte: educabrasil.com.br





segunda-feira, 3 de agosto de 2020

AUTONOMIA FUNCIONAL EM IDOSOS: COMO CONSEGUIR ATRAVÉS DO PILATES



A longevidade é uma conquista da população mundial, porém, para que essa se torne valiosa, é necessário que os anos a mais sejam acompanhados da preservação da saúde e qualidade de vida.

O envelhecimento é um processo dinâmico e progressivo, que conduz a um declínio natural da capacidade funcional e outras alterações extrínsecas, que contribuem para que a velhice seja marcada por perda de autonomia e dependência física. A autonomia funcional em idosos pode ser definida como aquela que o indivíduo tem de realizar as atividades básicas da vida diária (AVD).

Envelhecer com saúde e qualidade de vida envolve o fato de ter autonomia, como forma de garantir direitos e participação na vida social. Do ponto de vista da qualidade de vida, a autonomia funcional é de extrema relevância, uma vez que sua perda impacta negativamente na autoestima, podendo gerar um quadro de ansiedade e depressão.

Uma estratégia que tem se destacado para a manutenção da capacidade funcional de pessoas idosas, é a prática de atividade física regular. Estudos demonstram que a prática de exercício físico, visando o reforço muscular, melhora da flexibilidade e do condicionamento aeróbico, pode oferecer efeitos positivos à autonomia funcional em idosos.

Dentre as diversas modalidades de exercício físico, o Método Pilates pode ser incluído como exercício físico do âmbito do lazer e/ou exercício físico sistematizado. O Pilates não é apenas um conjunto de exercícios, mas sim, uma conscientização da maneira como usamos nosso corpo.


Benefícios do Pilates para Autonomia Funcional em Idosos

 A importância de se manter ativo traz inúmeros benefícios à saúde do indivíduo e é uma prevenção ao quadro de doenças crônicas degenerativas, frequentes na população idosa.

Idosos que praticam exercícios físicos têm a incidência de quedas e o risco de fraturas reduzido, o risco de desenvolver depressão e demência diminui e a aptidão física melhora. Nesse sentido, o Pilates é uma atividade muito indicada, pois desenvolve a flexibilidade, força e o equilíbrio.

O Pilates consiste em exercícios que, principalmente, trabalham a resistência e alongamento dinâmico, realizados em conjunto com a respiração e respeitando os princípios do controle corporal, precisão, centralização, fluidez do movimento e concentração.

Existem muitos benefícios oferecidos pelo Método Pilates, por exemplo, força, flexibilidade, postura e aprimoramento das habilidades motoras. 

O fortalecimento e o ganho de flexibilidade dos músculos do centro do corpo garantem a estabilização corporal durante atividades estáticas e dinâmicas, além de favorecer o equilíbrio do praticante.

O Pilates como atividade física:

Melhora a força;
Melhora a resistência;
Aumenta a flexibilidade;
Melhora a estabilidade postural;
Melhora o desempenho motor.


Conclusão

 A capacidade de executar as atividades diárias depende de um processo delicado de captação e interpretação de estímulos sensoriais e de execuções motoras, que pode ser afetado pelo envelhecimento e causar limitações no desempenho motor.

Buscando amenizar as consequências desse processo degenerativo, a prática regular do Método Pilates apresenta resultados positivos de ganho de autonomia funcional em idosos.

Um total de estudos inclusos nessa revisão indica que a prática do Pilates melhora as condições de saúde dos idosos, promovendo ganho no equilíbrio, força muscular, flexibilidade, autonomia funcional, resistência muscular e resistência aeróbica.

Fonte:  Blog Pilates


quarta-feira, 29 de julho de 2020

ARTROSE DE JOELHO TEM CURA?

A artrose, também conhecida como osteoartrose, é uma das doenças mais comuns em toda a população mundial. Por ser uma doença de caráter inflamatório e principalmente, degenerativo, é natural que com o passar do tempo, qualquer pessoa venha a desenvolver algum nível de artrose. Sim, todas as pessoas vão desenvolver, com o passar do tempo, algum nível de artrose. Por isso, a pergunta do título deste texto, é tão importante: Artrose de joelho tem cura?

A resposta é sim. Mas não ache que será uma cura simples, rápida e com os mesmos protocolos para qualquer pessoa.

É preciso entender que a cura da artrose envolve não o desaparecimento completo da doença, mas sim, uma adaptação de estratégias, que vão minimizar os efeitos dela, mantendo a qualidade de vida do paciente.

Naturalmente, a cura para a artrose no joelho envolve uma visão muito individual de cada paciente. Histórico familiar, nível de atividade física e memória muscular, profundidade da doença, fatores agravantes como peso excessivo, fumo, maus hábitos alimentares e muitas outras variáveis.



TRATAMENTOS PARA ARTROSE DE JOELHO

A artrose é muito ampla. Por se tratar de um desgaste cartilaginoso, temos de entender que esta estrutura, por si só, tem um potencial regenerativo muito baixo.

Porém, a cura da artrose pode se dar por diferentes abordagens.

As abordagens de tratamento, no geral, são estas:

1 – Eliminação da dor e do inchaço

Este é o ponto de partida. Neste caso, o trabalho conjunto entre o médico ortopedista especialista em joelho e da fisioterapia, é fundamental.

Na maior parte dos casos, a artrose se apresenta com sintomas de dor e inchaço.

Neste caso, devemos trabalhar, na maioria dos casos, com drenagem do líquido que vem causando as dores e fisioterapia com foco em analgesia.

Este é o ponto de partida, quando o paciente apresenta uma crise aguda de artrose.

Naturalmente, esta é uma solução paliativa, que vai tratar diretamente dos sintomas e não propriamente da causa.

Mas é o ponto de partida, para dar mais qualidade de vida ao paciente.

2 – Avaliação completa do caso

Há diferentes tipos de artrose. Ela pode ser monocompartimental (ou seja, em apenas uma porção da articulação) ou multicompartimental (onde mais locais da articulação apresentam degeneração).

Além disso, fatores como amplitude de movimento da articulação afetada, histórico familiar, nível de memória muscular, idade, sexo, hábitos alimentares, sono e muitas outras variáveis, precisam ser avaliadas.

Não há como traçar um bom plano de tratamento para a artrose, sem avaliar o paciente como um todo. Além disso, é muito importante também estabelecer uma boa avaliação biomecânica do paciente.

A cura da artrose de joelho (ou de qualquer outra articulação), passa, necessariamente, pela melhora dos eixos articulares, eliminando desvios. No caso do joelho, desvios como dinâmicos, por exemplo, podem causar artrose, pela compressão focada de determinados pontos da cartilagem.

3 – Fisioterapia e fortalecimento muscular adequado

Em casos mais leves, de início da artrose, é possível estabelecer um tratamento que irá ser feito com base em fisioterapia e fortalecimento muscular.

Primeiramente a fisioterapia atuará, em grande parte dos casos, como analgesia. A partir do momento em que o paciente não sentir mais dor, o procedimento padrão é o de desinibição da musculatura do quadríceps.

Essa desinibição geralmente é fundamental. Quando o joelho do paciente com artrose incha, o derrame articular causa a liberação de substâncias nocivas a cartilagem e que tem efeito catabólico nos músculos. Ou seja, os músculos perdem potencial de força e contração.

Após a fisioterapia desinibir esta musculatura, passamos para o tratamento com base em movimento, melhora da mobilidade e reequilíbrio postural e muscular.

Somente após o paciente passar por estas fases, que ele entra em um processo de retorno ao esporte, através do fortalecimento muscular adequado e personalizado.

4 – Nutracêuticos

A utilização e nutracêuticos, como condroitina, glicosamina, colágeno tipo II entre outros, também é aplicado na cura da artrose de joelho. Porém, é muito importante entender que não há evidências científicas de que os nutracêuticos são eficientes para a grande maioria dos casos.
Um tratamento para a cura da artrose, como foco apenas em componentes como este, tem grandes chances de insucesso e no geral, não passa de desperdício de dinheiro.

5 – Infiltração com ácido hialurônico (viscossuplementação)

A infiltração com ácido hialurônico, também conhecida como viscossuplementação, tem como objetivo aumentar o espaço entre os ossos, nas áreas onde já não há cartilagem. O ácido hialurônico é uma substancia gelatinosa, que quando aplicada da forma correta, aumenta o amortecimento dos impactos ósseos das áreas afetadas, lubrifica e tem o chamado efeito biológico: segundo a maioria dos estudos, teria poder em penetrar na cartilagem lesionada, reduzir a morte celular, ajudar na reorganização do “colchão” da cartilagem chamado de matriz extracelular, rico em colágeno tipo II e Glicosaminoglicanas, além de “ensinar” nossas articulações a fabricar um liquido sinovial mais viscoso, semelhante ao original de antes da artrose. Portanto, a viscossuplementação teria o poder de modificar a evolução da doença.
Porém, é muito importante que o ácido hialurônico seja aplicado com cuidado e por um ortopedista especialista em joelho capacitado.
Caso contrário, ele pode trazer problemas. Além da técnica de aplicação, é muito importante que a escolha do produto seja muito criteriosa.
Desde a qualidade do produto, até o seu peso molecular. Cada caso deve ser avaliado de forma individual.


6 – Procedimentos cirúrgicos

Caso haja a necessidade de cirurgia, há diferentes técnicas que podem ser usadas.
Temos a artroscopia, onde é feita uma “limpeza” articular, removendo elementos que pioram o quadro da artrose.
Temos também técnicas novas, como a subcondroplastia, onde colocamos um cimento biológico na área afetada. Esta técnica geralmente é feita em pacientes jovens, com artrose apenas em algum ponto da articulação.
Há também cirurgias mais agressivas, como a osteotomia, onde se altera o eixo de movimento, através da aplicação de parafusos.
E para finalizar, temos as próteses. A aplicação de próteses deve ser feita com muita responsabilidade e eu particularmente, a utilizo apenas como último recurso, devido ao seu caráter definitivo.

Fonte:  Dr. Adriano Leonardi