Alimentos com poder detox possuem nutrientes com ação antioxidante, fato que auxilia o organismo a eliminar toxinas e, com isso, sintomas como insônia, cansaço excessivo, prisão de ventre, inchaços, dificuldade de perda de peso. Estes podem ser amenizados se incluídos no cardápio alimentar. Fazem parte desse grupo as frutas, verduras, legumes orgânicos, carnes magras, oleaginosas (castanhas, nozes, amêndoas), cereais (arroz integral, quinoa, amaranto, chia), leguminosas (feijão, lentilha, grão de bico), sementes (linhaça, abóbora e girassol) e especiarias como açafrão da terra, ervas frescas, alecrim, alho e gengibre.
O poder detox está também associado à eliminação de outras substâncias nocivas ao organismo como agrotóxicos, corantes, conservantes, hormônios sintéticos, aditivos alimentares, açúcar e gorduras, os quais comprometem de forma negativa a função celular. De igual maneira, as pessoas com diabetes também podem se beneficiar destas propriedades para garantir uma saúde orgânica mais equilibrada.
Além disso, fazer uso desses alimentos auxilia o trabalho do aparelho digestivo, tendo em vista que estimula o consumo de fibras, vitaminas, minerais e promovem a adequada hidratação corpórea.
Contudo, é preciso esclarecer que muitas publicações direcionadas à prática de dietas mirabolantes para emagrecer sugerem que as pessoas jejuem para desintoxicar. Cuidado!!
Jejuar por muito tempo traz grandes prejuízos ao organismo, levando-o a produzir hormônios que estimulam a fome e inibem a saciedade. Isto explica porque uma pessoa que fica muitas horas sem se alimentar, acaba comendo em demasia para compensar tal deficiência.
Somados ao descontrole de apetite podemos também citar outros sintomas como: irritabilidade, dor de cabeça, hipoglicemia, halitose, queda da pressão arterial, aumento de ácido úrico, perda de potássio, desidratação, danos à memória, sobrecarga do rim e perda de massa muscular.
O consumo balanceado de sucos com verduras e frutas pode ser uma das opções na dieta detox, porém é bom esclarecer que a quantidade ingerida, frequência de consumo e o modo de preparo deve sempre ser individualizado, pois somente o profissional capacitado é capaz de estabelecer o melhor cardápio para cada pessoa, baseado no estudo detalhado do estado de saúde, estilo de vida e hábitos alimentares.
*Tarcila Beatriz Ferraz de Campos é nutricionista, Mestre em Ciências com ênfase em Fisiologia Endócrina pela USP; Membro do Departamento de Educação em Diabetes da SBD; Membro da Equipe Voluntária de Nutrição da ADJ Brasil.
