terça-feira, 13 de maio de 2014

Saiba como prevenir e aliviar as dores do nervo ciático



Queimação, fisgadas, dormência, falta de sensibilidade e uma dor que "corre" pelas pernas, começa gradualmente e piora durante a noite. São esses os desconfortos mais comuns de quem algum dia já sofreu com a chamada dor ciática. O incômodo não é à toa: o ciático é o nervo mais longo do corpo humano, leva inervação para toda a musculatura dos membros inferiores, sendo responsável pela sensibilidade, flexibilidade e força da região lombar, nádegas, coxas, pernas e pés. Quando este nervo está irritado por causa de uma inflamação, por uma compressão externa decorrente de uma artrite ou pelo deslocamento do disco intervertebral (hérnia de disco) na coluna lombar, a dor aparece.

— A dor ciática causa um desconforto que começa na parte inferior das costas e se espalha pelas nádegas,coxas, pernas, tornozelos e, ocasionalmente, para o pé. A dor geralmente é sentida como um entorpecimento, uma pontada ou uma queimação. Ela também pode causar formigamento, parestesias (baixa sensibilidade) ou fraqueza nos músculos da perna afetada — explica o médico neurocirurgião Paulo Porto de Melo.

É preciso, no entanto, ficar atento às causas. A dor ciática não é uma doença, mas sim o sintoma de várias. A hérnia de disco, por exemplo, é a maior causadora desse tipo de dor, seguida da degeneração natural desses discos intervertebrais, cujas funções são evitar o atrito entre uma vértebra e outra e amortecer o impacto entre elas. O comprometimento do ciático também pode ser resultado do deslocamento da coluna e do encolhimento do canal vertebral, problemas que comprimem o nervo e, consequentemente, provocam a sensação dolorida.

Identificar origem da dor é importante para o diagnóstico

O diagnóstico da dor ciática é clínico, pelo relato do paciente; e laboratorial, através de exames. Após o problema constatado, o tratamento é aplicado. Segundo Melo, no entanto, os males da dor ciática podem ser controlados, sendo que apenas 10% dos pacientes precisam ser tratados ou passar pela cirurgia, que deve ser indicada apenas quando as outras terapias falharam.

O controle pode iniciar com períodos de descanso e diminuição da atividade, seguidos de exercícios para melhorar a mobilidade e fortalecer as costas. Se os sintomas persistirem, a fisioterapia pode ser útil.

— Para aliviar a inflamação ao redor do nervo, pode ser recomendável que se alterne o uso de compressas quentes e frias. Raramente, a cirurgia é necessária, apenas em casos, como por exemplo, quando a dor é causada por uma hérnia de disco — esclarece o especialista.

O neurocirurgião sugere uma série de cuidados para evitar problemas no nervo ciático:

Postura

Devemos cuidar de nossa postura. Procurar manter uma posição correta ao sentarmos, ao levantarmos (da cama, do carro, de uma cadeira,..), ao carregar um peso, ao abaixar para pegar um objeto, ao inclinar para pegar um bebê no berço, ao receber um objeto pesado das mãos de outra pessoa. De acordo com Melo, prestando atenção nesses aspectos, são menores as chances de se ter um quadro de lombalgia, ciática ou lumbago agudo.

Dieta

Devemos procurar manter um peso adequado. Mais peso no corpo significa mais peso para a nossa coluna sustentar, maior probabilidade de dores na região

Frio

Cuidado com o frio. Procure se agasalhar bem, não deixe de praticar seu esporte no frio, porém procure realizar os alongamentos com cuidado nesta estação

Atividade física

Pratique esportes de forma regular. Se estiver enferrujado comece devagar, aumentando a intensidade progressivamente. Se tiver dores nas coxas e pernas, principalmente as que descem abaixo do joelho, procure a orientação do médico especialista antes de dar prosseguimento ao seu esporte.

Fonte: Zero Hora 

quinta-feira, 8 de maio de 2014

Retenção de Líquidos

É uma reclamação comum de quem está acima do peso, e por vezes serve como “desculpa” para isso, que o inchaço do corpo é causado pela retenção de líquidos. Apesar de não contribuir para problemas como a obesidade, sendo que a média de peso que é ganho por reter muito líquido é de 2 kg a 3 kg, essa condição é reflexo de hábitos errados que podem ser prejudiciais para a saúde em longo prazo, assim como pode ter como causa alguma problema mais grave. Dessa forma, é importante identificar o que está causando essa situação para que possa ser combatido com efetividade.

Retenção de líquidos

Geralmente, os primeiros sinais de que a retenção de líquido está ocorrendo no organismo está no inchaço de certas partes do corpo, sendo que os pés e as pernas são os locais atingidos com mais frequência devido à pressão de calças e sapatos. O termo médico para essa proeminência do corpo é edema, que ocorre devido ao deslocamento de um líquido que sai dos vasos sanguíneos e vai para o tecido subcutâneo. É esse líquido, pobre em proteínas do sangue, que dá o aspecto inchado para a pele, que é comprimido por acessórios do vestuário e até mesmo pela pressão dos dedos sobre o corpo.

São várias as possíveis causas para a retenção de líquidos sendo que problemas nos rins, no fígado ou no coração, doenças na tireoide, uso indevido ou exagerado de remédios assim como reações inflamatórias devido a alergias são as mais graves e o médico deve ser consultado para o melhor diagnóstico. No entanto, os casos mais comuns ocorrem com as mulheres devido às condições hormonais, principalmente em seu período pré-menstrual. Nessa fase, o problema ocorre em razão das oscilações nos níveis de estrógeno e progesterona no organismo, sendo isso uma condição passageira. Para algumas mulheres se o caso for contínuo, contudo, até mesmo a troca da pílula anticoncepcional usada pode amenizar a situação.

Além disso, a retenção de líquidos pode estar relacionada à dieta do indivíduo que, se contiver níveis exagerados de sódio, geralmente devido ao uso elevado de sal nos alimentos. Em excesso, o sal ingerido causa um desequilíbrio entre os eletrólitos e a água do organismo, o que também contribui para a deterioração das funções dos rins, mas, mesmo assim, não deve ser eliminado totalmente de sua dieta, apenas reduzido, pois é um mineral indispensável para a saúde. Para evitar que a retenção de líquidos ocorra por esse motivo, é preciso ficar atento ao sódio dos alimentos que está presente em salgadinhos, comidas instantâneas, refrigerantes, em especial os diet e light que contém ainda mais sódio, entre outros produtos alimentícios.

Se no seu caso o fator que causa a retenção de líquidos é a má alimentação, a simples melhora na dieta, comendo de forma saudável será tratamento suficiente para acabar com o problema. Acrescente mais frutas e hortaliças que facilitam e prolongam a digestão e também ajudam a melhorar a absorção de minerais capazes de evitar a retenção de líquido. Algumas dicas de produtos: abacaxi, pera, morango, pepino e alface diminuem o inchaço por terem grande quantidade de água; melão, rúcula e aspargos são diuréticos naturais; e banana, manga, tomate e laranja ricos em potássio, sendo todos extremamente benéficos para a saúde.

Muitas vezes a falta de informação de qualidade, seja de mídias especializadas ou do próprio médico, usando o “conhecimento popular” pode levar a alguns erros de avaliação. No caso da retenção de líquidos, é comum as pessoas pensarem que, para não agravar a condição, deve-se ingerir o mínimo de água possível. No entanto, a situação é exatamente o contrário, pois a água irá estimular o trabalho dos rins e isso fará com que os excessos sejam eliminados, sendo, portanto, uma das melhores aliadas para acabar com a retenção de líquidos.
Aliado a uma boa alimentação, não podemos esquecer da atividade física e a drenagem linfática, sendo que esta técnica promove excelentes resultados para a questão do edema.

Revista FisioBrasil