terça-feira, 23 de maio de 2017

4 MEDIDAS QUE VOCÊ DEVE TOMAR QUANDO QUEBRAR UM DENTE


Cair e quebrar um dente pode assustar, mas lembre que acidentes acontecem e que não há motivo para pânico. Para reduzir o ferimento, siga estas dicas elaboradas pelo CROSP (Conselho Regional de Odontologia de São Paulo) enquanto você não chega ao dentista.  

1º: Estanque o sangramento

Se o dente quebrou por conta de um acidente, o local provavelmente sangrará. Por isso, a primeira medida é estancar o sangramento utilizando uma gaze embebida em água fria. Pressione o local machucado (sem fazer muita força) até que o sangramento diminua.

2º: Faça um bochecho

O próximo passo é fazer um bochecho para tirar todo o resíduo de sangue da boca e limpar a região afetada. Use apenas água. Não acrescente nenhum medicamento ou outro produto, como enxaguante bucal e creme dental, pois eles podem causar irritação.

3º: Coloque gelo no local para evitar o inchaço

Depois do bochecho é recomendável colocar gelo no local até que se consiga atendimento com o cirurgião-dentista. Tomar um sorvete também pode ajudar a reduzir o edema, sempre com cuidado para não agravar o ferimento. As baixas temperaturas causam vasoconstrição (diminuição do diâmetro dos vasos), o que evita a piora do processo inflamatório.

4º: Procure um cirurgião-dentista

O tratamento para um dente permanente quebrado varia e depende do nível de fratura e comprometimento das estruturas anexas ao dente. O cirurgião-dentista é o profissional recomendado para fornecer orientações e condutas clínicas e deve ser procurado o mais breve possível. O acompanhamento profissional é fundamental para a intervenção terapêutica adequada e a manutenção/reconstrução do dente quebrado.

Fonte: drauziovarella.com.br


segunda-feira, 22 de maio de 2017

OS BENEFÍCIOS DOS EXERCÍCIOS


Houve época em que praticar esportes era coisa de crianças e adolescentes. Até bem pouco tempo, homens e mulheres abandonavam as atividades esportivas quando se casavam. Pessoas mais velhas, então, nem pensar. Os médicos recomendavam que evitassem esforços físicos e fizessem repouso.
Esse paradigma da medicina mudou radicalmente nos últimos anos. Descobriu-se que a atividade física faz bem para a saúde desde o nascimento até o fim da vida. Quem faz exercícios com regularidade conhece os benefícios que trazem e sente falta quando, por algum motivo, deixa de praticá-los.
O intrigante é que, na teoria, ninguém desconhece os benefícios da atividade física para a saúde e o bem-estar. Na prática, porém, especialmente nos grandes centros urbanos, são poucos os que têm o hábito de reservar alguns minutos por dia para exercitar-se.

Estamos nos tornando cada vez mais sedentários, apesar de toda a informação que nos incentiva a praticar exercícios.

SEDENTÁRIOS E ATIVOS

Drauzio – A que você atribui a resistência do ser humano para praticar atividade física?

Turíbio Leite Barros Neto – Nos dias de hoje, essa resistência à pratica de atividade física pode ser atribuída ao estilo de vida marcado pela turbulência do dia a dia nos grandes centros urbanos.

De acordo com os critérios estabelecidos para determinar o que é ser ativo ou sedentário, pesquisas comprovam que cerca de 30% das pessoas que vivem nos grandes centros urbanos são classificados como ativos; os outros 70%, como sedentários. Dos 30% ativos, 25% são ativos por necessidade e só 5% por opção. Portanto, uma fração muito pequena da população adota um estilo de vida no qual o exercício físico é incorporado como hábito e não como obrigação por força das circunstâncias.

Drauzio – Você falou em sedentários e ativos fisicamente. O que diferencia um do outro?

Turíbio Leite Barros Neto – Foi preocupação da própria Organização Mundial de Saúde estabelecer um critério que possibilitasse classificar o indivíduo como sedentário ou ativo fisicamente. Para tanto, determinou um nível de corte com base na estimativa do que ele gasta de energia em atividades físicas e ocupacionais durante uma semana, quantificando-as numa unidade que foi chamada de caloria.
É considerada ativa a pessoa que gasta, no cômputo das atividades diárias, pelo menos 2.200 calorias por semana; se gastar menos do que isso, será considerada sedentária. Em outras palavras: se o indivíduo acumular trinta minutos por dia de atividade física, ao longo de uma semana, terá gastado aproximadamente as duas mil e duzentas calorias. Se fizer menos de trinta minutos por dia, não atingirá esse índice e será classificado como sedentário.

DEFINIÇÃO DE ATIVIDADE FÍSICA

Drauzio – O que você chama de atividade física?

Turíbio Leite Barros Neto – Atividade física é toda a situação em que a pessoa pelo menos dobre seu metabolismo, ou seja, dobre seu gasto de energia. 

Drauzio – Por que vocês preferem a palavra atividade a exercício físico?
Turíbio Leite Barros Neto – Porque existe a preocupação em distinguir exercício físico, como sinônimo de esporte, da atividade física que pode ter inclusive caráter ocupacional.

TEMPO DOS EXERCÍCIOS

Drauzio – Nos últimos anos, foi mudado o conceito de que a atividade física precisa ser praticada pelo menos durante 30 minutos seguidos. Hoje, o conceito é de que eles podem ser fracionados em períodos menores durante o dia. Você poderia explicar a razão dessa mudança?

Turíbio Leite Barros Neto – Um dos paradigmas da última década foi desmistificar a necessidade de a atividade física ser feita continuadamente por tempo determinado, por exemplo, trinta minutos diários. A ciência provou que, se o total da soma das frações de tempo em atividade ao longo do dia corresponder, no mínimo, a trinta minutos, os benefícios que a vida ativa proporciona estarão garantidos. Na verdade, esse novo conceito tem como alvo resgatar a importância do estilo de vida mais ativo, aquele em que o organismo está mobilizado para o exercício, mesmo que distribuído de forma fracionada durante o dia.

Drauzio – Vamos imaginar duas situações diferentes. Primeira: a pessoa sai de casa, pega o carro na garagem, desce no estacionamento do escritório e passa a manhã escrevendo. Na hora do almoço, come ali mesmo ou vai a um restaurante nas proximidades. No final do expediente, volta para casa, janta, vê televisão e vai dormir. Segunda: a mulher passa o dia cuidando da casa e das crianças. Somando os minutos de atividade física fracionados durante o dia, essas pessoas completam os trinta minutos desejados?   


Turíbio Leite Barros Neto – A mulher que fica em casa realizando as tarefas domésticas e cuidando das crianças, certamente, vai completar os trinta minutos diários de atividade física. Já o indivíduo que trabalha num escritório, duvido que consiga.
A vida moderna cercou de conforto as atividades voltadas para a produtividade. Basta apertar um botão para chamar a secretária ou falar com o colega da sala ao lado. O celular, a internet, o computador permitem resolver problemas e fechar negócios sem levantar da cadeira e favorecem o estilo de vida sedentário.
Indivíduos nessa situação devem fazer um balanço do tempo que passam sem movimentar-se e tentar reagir à sedução dos confortos próprios da vida moderna para ver se conseguem manter-se em atividade, pelo menos durante trinta minutos por dia. Talvez seja o caso de reservarem para si um horário na própria agenda a fim de que possam dedicar-se a algo tão importante para a saúde.

EXERCÍCIOS AERÓBIOS E ANAERÓBIOS

Drauzio – Qual a diferença entre exercícios aeróbios e anaeróbios?

Turíbio Leite Barros Neto – O exercício aeróbio é fundamentalmente ligado ao movimento. A energia necessária para executá-lo é proporcionada pelo uso do oxigênio, ou seja, o oxigênio funciona como fonte de queima dos substratos que produzirão a energia a ser transportada para o músculo em atividade. Caracteriza-se como atividade aeróbia o exercício contínuo, dinâmico e, na maioria das vezes, prolongado, que estimula a função dos sistemas cardiorrespiratório e vascular e acelera o metabolismo, porque aumenta a capacidade cardíaca e pulmonar para suprir de energia o músculo a partir do consumo do oxigênio (daí o nome aeróbio). Caminhar, andar, pedalar, nadar, dançar ou fazer qualquer atividade que obrigue a pessoa a sustentar seu peso corporal enquanto se movimenta são exercícios aeróbios.

O exercício anaeróbio é, por definição, um exercício de força. Para ser realizado, exige que os músculos sejam contraídos contra uma resistência. Na maior parte das vezes, não está associado ao movimento e utiliza uma forma de energia que independe do uso do oxigênio, daí o termo anaeróbio. Basicamente, é um exercício de alta intensidade e curta duração que contempla fundamentalmente os músculos.

Drauzio – Dê alguns exemplos de exercícios anaeróbios.

Turíbio Leite Barros Neto – Na área dos esportes, são anaeróbios os exercícios de velocidade de curta duração e alta intensidade, como a corrida de cem metros rasos, os saltos, o arremesso de peso. Se nos reportarmos a área ocupacional, toda atividade que demanda força física em vez de movimento é considerada um exercício anaeróbio.
Na verdade, os movimentos mais comuns do dia a dia são um misto de atividades físicas aeróbicas e anaeróbicas.

Drauzio – Houve o tempo em que só se falava nos benefícios do exercício aeróbio. Hoje se sabe que ambos, o aeróbio e o anaeróbio, contribuem para melhorar a  forma física.

Turíbio Leite Barros Neto – Durante bastante tempo, se preconizou que a única forma de atividade física recomendada era a aeróbia. As pessoas deviam caminhar, correr, pedalar, nadar. Há mais de dez anos, porém, a medicina resgatou a importância do exercício anaeróbio que, na prática das academias, são feitos com peso.
Na verdade, um programa completo de exercícios, necessariamente, envolve os dois tipos de atividade física. A pessoa deve caminhar, pedalar, nadar e fazer exercícios contra resistência para fortalecer músculos, desacelerar a perda de massa muscular e evitar a perda de massa óssea. Mesmo os idosos, para quem se via com preocupação a prática de exercícios de força, devem ser estimulados a fazer exercícios com pesos além dos exercícios aeróbios para alcançarem melhor resultado em termos de saúde e qualidade de vida.

Drauzio – O corpo humano é máquina engendrada para o movimento, haja vista o número de articulações, verdadeiras dobradiças, que tem e a disposição dos músculos. Ao contrário das outras máquinas, que se desgastam à medida que se movimentam, quanto mais solicitado for, melhor o corpo humano conseguirá exercer suas funções de forma harmoniosa. Por quê?

Turíbio Leite Barros Neto – É muito fácil demonstrar os benefícios que o uso das funções fisiológicas associadas à atividade física proporciona. Basta lembrar que, quando engessamos uma perna ou um braço, o membro entra em desuso e, como consequência, o músculo hipotrofia, regride. Retirado o gesso, o braço ou a perna estarão fininhos, porque perderam de 30% a 40% de massa muscular.

Guardadas as devidas proporções, isso ocorre em todo o organismo. A falta da atividade física faz com que o coração regrida funcionalmente e a condição respiratória fique comprometida.

LIBERAÇÃO DE ENDORFINA


Drauzio – Um dos grandes benefícios do exercício físico é a sensação de paz e tranquilidade que a pessoa experimenta depois de praticá-lo. De onde vem essa sensação?

Turíbio Leite Barros Neto – O exercício físico libera, no cérebro, substâncias que proporcionam a sensação de paz e tranquilidade a que você se refere. São as endorfinas, neuromediadores ligados à gênese do bem-estar e do prazer. Por ser um potente liberador de endorfina, o exercício físico cria a boa dependência quando praticado regularmente e faz falta como faria qualquer outra substância associada ao prazer.

Em outras palavras, a liberação de endorfina, somada à melhora da autoestima proveniente da sensação de estar fazendo algo em benefício da própria saúde e bem-estar, provoca esse estado de plenitude que experimenta o praticante regular de atividade física.

Drauzio – No interior, costuma-se dizer que o cavalo só está cansado quando começa a suar. Nas ruas, vejo pessoas andando em passo lento e pergunto se, naquele ritmo, estarão lucrando alguma coisa. Qual é a intensidade ideal da atividade física?  

Turíbio Leite Barros Neto – É preciso levar em consideração as condições físicas do indivíduo para entender o que a atividade representa para ele. Pode-se imaginar que andar lentamente não lhe traga benefício algum. No entanto, em função da inatividade prévia, se os passos vagarosos representarem um grau de intensidade a que atribuiria nota entre seis e sete, terá atingido o ritmo adequado naquele momento. É lógico que, continuando a caminhar, haverá uma evolução em seu condicionamento físico e ele passará a andar mais depressa.
A maneira de entender qual o nível de intensidade adequado para cada indivíduo, a fim de que tenha efeito benéfico, sem ser exaustivo nem desagradável, é classificar a intensidade do exercício entre seis e sete numa escala de zero a dez em que zero seja atribuído ao repouso e dez, à exaustão.

PARA QUEM NÃO TEM TEMPO

Drauzio – Como você orienta as pessoas que têm vida atribulada, trabalham muito e dizem não ter tempo para os exercícios?  

Turíbio Leite Barros Neto – Vale sempre a pena insistir em que a pessoa deve reservar um pouco de tempo para a atividade física. Colocar o próprio nome na agenda e achar um horário, pelo menos três vezes por semana, para priorizar a prática de exercícios é necessidade básica de saúde. Se isso for absolutamente impossível, a solução é encaixar na rotina atribulada de cada dia alguns momentos para movimentar-se.
Quem não pode dispor de pelo menos cinco minutos para dar uma volta no quarteirão ou deixar o carro num estacionamento mais distante de maneira a ser forçado a andar um pouquinho mais antes de chegar ao local de destino? Quem não pode usar as escadas em vez do elevador? Se for ao décimo andar, descer no quinto e subir os demais pela escada religiosamente todos os dias é uma forma de aumentar o gasto calórico.
No site www.unifesp.br/centro/cemafe, há tabelas que ajudam nesses cálculos. Andar um minuto gasta cinco calorias. Subir um andar pela escada é o mesmo que levantar o corpo, ou seja, deslocar a massa corporal pela distância de quatro ou cinco metros de altura, o que equivale aproximadamente a cinco minutos de caminhada em termos de gasto de energia.
Como se vê, mesmo a pessoa com vida atribulada e sobrecarga de trabalho pode tentar ser mais ativa e acumular, em média, trinta minutos diários de atividade física.

Drauzio – Em que horário do dia a atividade física é mais benéfica?

Turíbio Leite Barros Neto – O importante é que a atividade física aconteça, seja de manhã, à tarde ou à noite. A melhor hora é aquela em que o indivíduo está mais disposto.
Não há necessidade de estabelecer horários rígidos. Eles podem ser flexíveis. Muitas pessoas acordam com toda a disposição e valorizam a manhã como o momento ideal. Outras só têm  aquela “pegada” de energia do meio-dia em diante. Essas devem deixar a atividade para o período da tarde. Se o tempo foi curto durante o dia, fazer exercícios à noite não compromete os resultados. Os benefícios da atividade física independem do horário em que ela é praticada.

Turíbio Leite Barros Neto é medico fisiologista. Coordenador do CEMAFE (Centro de Medicina da Atividade Física e do Esporte), órgão ligado à Reitoria da Universidade Federal de São Paulo, publicou os seguintes livros: “Programa das 10 Semanas: uma Proposta para Trocar Gordura por Músculos” (Editora Manole), “Exercício, Saúde e Desempenho Físico” (Editora Atheneu) e “Ciência do Futebol” (Editora Manole).

terça-feira, 16 de maio de 2017

Benefícios da prancha no trabalho de centralização de força


Devido ao foco em treinamento do centro do corpo sempre acabamos em busca de exercícios para CORE. E um desses exercícios é a prancha, que ganhou fama como uma maneira rápida de fortalecer o centro.

Nós que trabalhamos na área sabemos que ela é muito mais do que isso, sendo um exercício bastante completo e funcional. 

Por que treinar o CORE em seus alunos?

Trabalhando numa variedade de modalidades físicas o profissional começa a entender a importância de trabalhar o centro do corpo. Ele é o local onde encontramos o centro de gravidade do corpo e é essencial para quem deseja ter uma boa estabilidade, equilíbrio e coordenação motora.

Entre os músculos que compõem a região do CORE estão musculaturas abdominais, da pelve, do quadril e da região lombar. 

Se queremos prevenir lesões, melhorar o desempenho e fornecer uma vida saudável ao aluno, devemos garantir que seu centro esteja fortalecido, estável e trabalhando de maneira funcional.

Benefícios de um bom trabalho de CORE

Melhora na estabilidade

A estabilidade está entre os fatores que nos permitem ficar de pé e realizar diversos movimentos. Dá para imaginar que ela é importante para qualquer um, desde um sedentário que de vez em quando vai à academia, até um atleta olímpico. Sua falta também está entre as principais causas de mortes em idosos: a queda.

Claro que queremos que nossos alunos desenvolvam uma melhor estabilidade, caso contrário estão em risco de se lesionar ou até ir a óbito (no caso dos mais velhos). Coincidentemente, os músculos do CORE estão extremamente ligados à estabilidade.

Peguemos os músculos que dão sustentação à coluna lombar como exemplo. Um atleta que possui essa região enfraquecida está extremamente propenso a lesão.

As musculaturas da região também auxiliam a realizar movimentos com a parte superior do corpo por serem a conexão entre o quadril e membros inferiores e a parte superior.

Bom equilíbrio

Você acha mais fácil derrubar algo de uma base estável e forte ou de uma base enfraquecida e sem qualquer estabilidade? 

Nosso corpo é igual. Será muito mais fácil sofrer uma queda se nossa base é instável, e em alguns casos essa queda levará a sequelas, lesões e morte. Mesmo que seu aluno seja jovem e saudável e não vá se machucar muito, você deve cuidar de seu equilíbrio através de exercícios para trabalhar o CORE.

As musculaturas da região são programadas para buscarem o equilíbrio quando o corpo sai de seu centro de gravidade. Imagine um jogador de futebol que colide com outro enquanto corre no campo. Se o centro de seu corpo estiver fortalecido ele provavelmente terá maior facilidade de se reequilibrar e evitar uma queda. Já alguém com o CORE pouco trabalhado terá uma dificuldade maior e provavelmente cairá.

Melhorar a potência

Se você trabalha com atletas sabe a importância de desenvolver o corpo para utilizar sua potência corretamente. Muitos esportes utilizam essa característica, como o tênis, futebol, corrida, etc.

A potência está envolvida na mudança de direção do corpo e na aceleração dos membros. E só uma cadeia cinética funcionando corretamente conseguirá transferir a força gerada na base de sustentação do corpo para outras regiões.

Sabemos que o CORE influencia fortemente a base e todos os músculos relacionados. Então não podemos ignora-lo ao desenvolver um treino com foco em força e potência.

Menor risco de lesões

Ao evitar quedas já estamos diminuindo a probabilidade de lesão em nosso aluno ou paciente. Mas não é só isso que fortalecer e estabilizar o CORE proporciona.

Com um centro e uma base eficientes, seu corpo evita compensações com membros das extremidades como braços. Dessa maneira você consegue manter dores, patologias e lesões longe dessas regiões.

Melhora na postura



Os músculos trabalhados durante um exercício para o CORE são importantes estabilizadores da coluna. Se seu aluno sofre de algum problema postural é possível que ele apresente a região instável ou fraca.

Portanto, o centro de gravidade do corpo também é necessário para auxiliar na manutenção da postura, seja em posições estáticas (sentado, por exemplo), ou em movimento como na corrida.

Lembrando que a manutenção de uma boa postura também está envolvida na prevenção de lesões. Um atleta, por exemplo, está sujeito a compensar durante o movimento de corrida caso apresente postura errada.

Como inserir trabalho de CORE no seu treino

Provavelmente isso não é uma novidade para você, mas devemos usar as musculaturas do CORE praticamente o tempo todo. Ele compõe um grupo de músculos que auxilia no equilíbrio e na postura, ou seja, é importantíssimo para qualquer movimento funcional.

Pegue o agachamento como exemplo, quem disse que ele trabalha só quadríceps? O CORE também está envolvido se seu aluno quiser realizar o movimento com qualidade já que é necessário mantê-lo ativados para ter uma boa postura.

Porém alguns movimentos desestimulam a ativação do CORE, especialmente quando temos o objetivo de isolar algum músculo ou grupo específico. Por isso é importante utilizar o máximo possível de movimentos funcionais em suas aulas, sejam elas de Pilates, Treinamento Funcional ou musculação.

Alguns acessórios comuns no Treinamento Funcional também auxiliam a introduzir um trabalho de centro eficiente nas aulas. Preste atenção especial para aqueles que criam um elemento de instabilidade no movimento.

O CORE ajuda a manter a estabilidade, correto? Então a instabilidade gerada por acessórios como a Fitball ou a fita de suspensão são ótimos para forçar seu aluno a ativar a região, ao menos se ele quiser se manter na posição correta do exercício.

Por fim, existem exercícios específicos para trabalhar o CORE e musculaturas relacionadas como as abdominais e as pranchas.

Por que usar a prancha?

Existem tantas maneiras de introduzir o fortalecimento de CORE na minha aula, então por que optar pela prancha que é considerada chata e difícil por muitos praticantes?

Em primeiro lugar, podemos considerar a prancha um exercício funcional que fortalece diversos músculos em nosso corpo. Ela também prepara o centro do corpo para sua principal função: manter a coluna reta e alinhada.

Mas o melhor de tudo é combinar trabalho de CORE com membros superiores e inferiores. Ao usar seus braços para manter-se apoiado, a prancha te auxilia a fortalecer essas musculaturas e a estabilizar a articulação do ombro.

O glúteo e outros músculos de base também estão muito envolvidos, fazendo da prancha um movimento completo.

Erros comuns realizando a prancha

Como disse, precisamos prezar a qualidade de movimento acima de tudo. Isso também se aplicada à prancha que precisa ser bem-feita para conseguir os resultados esperados. Confira agora alguns erros comuns que devemos observar nos alunos enquanto realizam o exercício.

Posição incorreta da coluna

Primeiramente, isso é um sinal de falta de ativação da musculatura do CORE enquanto na posição de prancha. Quando os músculos abdominais estão pouco ativados boa parte do suporte do corpo fica por parte dos braços, o que leva a uma adaptação que inclina a coluna.

Incentive seu aluno a ativar a musculatura do centro do corpo de maneira que a coluna permaneça numa posição neutra e alinhada. Isso deve corrigir o problema e também melhorar a eficiência da posição.

Fazer uma inclinação da pelve

Você provavelmente já viu alguém realizando prancha e depois de pouco tempo na posição deixar que a região do quadril despenque. Isso significa que o glúteo está pouco ativado, fazendo com que seu corpo não consiga sustentar a região.

A solução é bastante óbvia nesse caso: incentivar a ativação do glúteo. É possível que seu aluno tenha dificuldades em ativar a musculatura, ou até mesmo fraqueza no glúteo. Nesse caso realize um trabalho preparatório para glúteo.

Cuidado com alunos que cometem esse erro. Eles forçarão mais a coluna lombar, o que pode gerar dor e desconforto e fazer com que a pessoa desista de vez de fazer as pranchas.

Olhar para a frente ou inclinar a cabeça

A coluna deve manter-se em posição neutra, inclusive a coluna cervical. Algumas pessoas escolhem olhar para a frente O ideal é olhar para baixo, mas sem arquear a cabeça, o que força a cervical.

Conclusão

As pranchas são uma maneira eficiente de treinar musculaturas do centro do corpo sem esquecer de membros superiores e inferiores. Além disso ela ajuda a promover a estabilidade no aluno, algo que sempre buscamos em aulas de Treinamento Funcional e Pilates.

Fonte: Keynerluiz.com



segunda-feira, 8 de maio de 2017

7 MITOS E VERDADES SOBRE HIPERTENSÃO


Você sabia que o controle da pressão arterial reduz em 42% o risco de derrame e em 15% o risco de infarto, segundo informações da SBC (Sociedade Brasileira de Cardiologia)?

Com o intuito de conscientizar as pessoas sobre a doença, que acomete 25% da população brasileira adulta, o cardiologista Antônio Alceu dos Santos, membro da SBC, citou os principais mitos e verdades que cercam a hipertensão. Confira:

1. Basta retirar o sal da comida para evitar o aumento da pressão arterial

MITO. O sal que colocamos na comida é apenas um dos fatores de risco para a hipertensão. É preciso ficar alerta para o sódio contido em outros alimentos, principalmente os industrializados, como macarrões instantâneos, temperos prontos e lasanhas congeladas, que concentram quantidades altíssimas desse mineral. A quantidade de sódio dos alimentos merece atenção, já que o brasileiro consome, em média, o dobro da quantidade de sal recomendada pela OMS, 5g (uma colher de chá) diárias.


2. O estresse aumenta a pressão arterial

VERDADE. O estresse aumenta a estimulação do sistema nervoso simpático e, consequentemente, provoca elevação da pressão arterial, redução da circulação do sangue nas coronárias, aumento do consumo de oxigênio pelo músculo cardíaco e instabilidade elétrica no coração, podendo ocasionar arritmias cardíacas e infarto. Para se ter uma ideia, cerca de 15% dos infartos são causados por uma situação de estresse repentino e intenso.

3. A hipertensão é mais comum entre as mulheres

MITO. No Brasil, verifica-se uma prevalência da doença em 35,8% dos homens e em 30% das mulheres. Porém, após a menopausa, a situação se inverte, com maior preponderância da doença entre elas. Isso porque, nessa fase, há diminuição da produção de estrogênio, protetor natural do sistema arterial.

4. O álcool prejudica o controle da pressão arterial

VERDADE. A relação está ligada à quantidade ingerida. O consumo excessivo de bebida alcoólica, claramente, eleva a PA e está associado a maior risco de morte por doenças cardíacas. Atualmente, recomenda-se que as pessoas que consumem bebidas alcoólicas o façam de maneira moderada, o que corresponde ao limite de uma dose diária para mulheres e duas para homens, considerando-se como dose uma garrafa pequena (long neck) ou lata de cerveja, uma taça de vinho ou uma dose de 50 mL de bebida destilada.

5. A hipertensão não apresenta sintomas

VERDADE. Na maioria das vezes, ela não causa sintomas. Em pouquíssimos casos pode haver dor de cabeça, zumbido no ouvido, visão turva, tontura, dor no peito, palpitações, entre outros. Por isso, tome os remédios no horário prescrito pelo médico e NUNCA abandone o tratamento.

6. Quem tem pressão alta corre risco de infarto e outras doenças

VERDADE. A hipertensão arterial é um fator de risco importante e independente para infarto. Quando a pessoa tem a pressão permanentemente alta, ou seja, sempre acima dos 14×9 mmHg, alguns órgãos podem ser afetados. No cérebro, por exemplo, pode ocorrer derrame. No coração, infarto. Os rins podem funcionar de modo insuficiente, sendo necessário realizar hemodiálise. Os olhos também podem sofrer cegueira súbita motivada pela hipertensão.

7. Hipertensão tem cura

MITO. O fator hereditário está presente em mais de 90% dos casos e, nesses, a hipertensão arterial não pode ser curada. No entanto, pode e deve ser controlada.

Fonte: Drazuiovarella



quinta-feira, 4 de maio de 2017

FASCITE PLANTAR



Fascite plantar é um processo inflamatório ou degenerativo que afeta a fáscia plantar (chamada também de aponeurose plantar), uma membrana de tecido conjuntivo fibroso e pouco elástico, que recobre a musculatura da sola do pé, desde o osso calcâneo, que garante o formato do calcanhar, até a base dos dedos dos pés. A doença se manifesta principalmente  entre os 40 e 60 anos. Pode afetar homens e mulheres. Pessoas com sobrepeso, atletas, especialmente os corredores, bailarinos, ginastas, e mulheres por causa do uso frequente de sapatos com saltos muito altos estão mais sujeitas a desenvolver essa condição.
É importante não confundir a fascite plantar com o esporão do calcâneo. São duas patologias diferentes, embora possam ser desencadeadas por lesões muito semelhantes: microtraumatismos e inflamação crônica na região do calcanhar, nas proximidades da inserção do tendão de Aquiles. No caso específico do esporão, surgem depósitos de cálcio debaixo ou atrás desse osso. Eles formam saliências parecidas com ganchos que lembram as esporas dos pés dos galos. Esporões do calcâneo podem  provocar uma dor aguda, em pontada, que piora com o movimento e melhora com o repouso.

Geralmente a fascite plantar é um transtorno de bom prognóstico, mas a recuperação costuma ser bastante lenta.

Causas

Embora ainda não se conheça a causa exata da fascite plantar, na maioria dos casos, a dor forte característica do transtorno é provocada pelo estiramento excessivo da fáscia plantar ou pela repetição de microtraumatismos nessa estrutura que dá sustentação e estabilidade ao arco plantar. Em outras palavras: é a fáscia plantar que ajuda a manter a curvatura do pé firme, graças à sua capacidade de amortecer e distribuir o impacto.

Segundo o SBED (Sociedade Brasileira para o Estudo da Dor), estudos recentes têm demonstrado que a dor própria da fascite plantar pode estar associada “a uma alteração estrutural mais condizente com processos degenerativos” causados pela prática exagerada de exercícios físicos, sobrepeso ou idade.

Sintomas

O sintoma característico da fascite plantar é uma dor forte, em facada, debaixo do pé, perto do calcanhar. Em geral, essa dor é mais intensa pela manhã, mas alivia durante o dia, com a deambulação (caminhada).  Nada impede, porém, que ela surja em qualquer ponto da fáscia, depois de longos períodos em pé, ou depois de subir escadas ou repousado um pouco.

Inchaço (edema) e vermelhidão (eritema) são outros sinais de inflamação que podem estar presentes nos quadros de fascite plantar. Portadores dessa condição  podem apresentar também  dificuldade para realizar o movimento de dorsiflexão do pé, isto é, apresentam dificuldade para  trazer a ponta do pé na direção da canela.

Sem tratamento, a dor da fascite plantar pode tornar-se crônica e provocar alterações na marcha que revertem em lesões no joelho, quadris e coluna.

Fatores de risco

Além da obesidade, do ganho rápido de peso, do envelhecimento, da prática exagerada de exercícios físicos, ou mesmo da falta deles, e do uso de sapatos inadequados, são considerados fatores de risco para a fascite plantar:

Pés planos ou chatos (arco plantar mais baixo, maior área de apoio da sola do pé com o solo) ou pés cavos (arco plantar mais alto, menor área de apoio da sola do pé com o solo) podem afetar a forma como o peso do corpo é distribuído e aumentar a pressão sobre a fáscia plantar;
Encurtamento do tendão de Aquiles, localizado na parte de trás da perna e que liga os músculos da panturrilha aos ossos do calcanhar. Em geral, isso pode acontecer em decorrência do retesamento do músculo da panturrilha ou do uso frequente de sapatos com saltos muito altos ou sem o suporte adequado para amortecer os choques contra o osso calcâneo.

Diagnóstico

Num primeiro momento, o diagnóstico de fascite plantar é clínico e leva em conta as particularidades dos sintomas e os fatores de risco. Exames de raios X e ultrassom podem ser úteis para estabelecer o diagnóstico diferencial com o esporão do calcâneo (protuberância óssea que cresce na base ou atrás do osso calcâneo), a metatarsalgia (dor nos ossos que articulam com as falanges), a tendinite do tibial posterior e com microfraturas ósseas.

Tratamento

O objetivo do tratamento da fascite plantar é reduzir a inflamação, aliviar a dor e habilitar o paciente para assumir suas atividades rotineiras.

Grande parte dos portadores de fascite plantar se beneficia com o tratamento conservador que inclui repouso, aplicação de gelo no local e sessões de fisioterapia para promover o alongamento de estruturas, como a própria fáscia plantar, o tendão de Aquiles e os músculos da panturrilha.

O uso de palmilhas ortopédicas visando à melhor distribuição peso corpóreo sobre os pés e de órteses noturnas para evitar o encurtamento do arco e manter fáscia plantar alongada durante a noite são outros recursos não farmacológicos que podem ser benéficos.

A terapia por ondas de choque (ESWT) –constituída por ondas sonoras extracorpóreas têm-se mostrado útil para reduzir a dor e promover a cicatrização dos tecidos moles afetados. No entanto, é preciso atenção. Esse método terapêutico é contraindicado para gestantes, portadores de diabetes, arritmia cardíaca, problemas de coagulação, por exemplo.

Quando necessário, o tratamento farmacológico inclui a prescrição de analgésicos e anti-inflamatórios não esteroides, a aplicação de toxina botulínica e a infiltração com anestésico ou com corticosteroides diretamente na região de maior dor na sola do pé.

A cirurgia para liberação da fáscia plantar só é indicada quando os outros recursos terapêuticos não produzem mais resultados.

Prevenção

As seguintes medidas ajudam a prevenir a manifestação da fascite plantar:

Evite ganho do peso rápido: a obesidade representa uma sobrecarga extra sobre as estruturas do pé, especialmente sobre o arco plantar;

Procure alongar músculos e ligamentos antes e depois de praticar qualquer atividade física;

Não ande descalço em superfícies muito rígidas, nem caminhe nas pontas dos pés;

Certifique-se de que os calçados possuem o amortecimento necessário para absorção do impacto e garantem o apoio adequado para o arco do pé;

Recorra ao uso de palmilhas para corrigir alterações anatômicas;

Reserve os calçados com saltos muito altos para ocasiões especiais e use por pouco tempo. No dia a dia, prefira sapatos com saltos mais baixos, que não estejam largos nem apertados demais, nem que tenham a sola muito fina ou muito gasta.

Recomendações

Alguns exercícios simples, realizados em casa mesmo, podem representar grande auxílio para o tratamento da fascite plantar:

1) Para reduzir a inflamação e aliviar a dor:

Congele água dentro de uma garrafa pet e role-a sob o arco plantar para frente e para trás durante 10 minutos;

Massageie a sola dos pés com uma bolinha do tamanho aproximado das bolas de tênis ou golfe, movimentando-a em todas as direções.

2) Para alongar e fortalecer a fáscia plantar:

Sente-se no chão com as costas retas, estique as pernas e puxe a pontas dos pés com uma toalha;

Sentado numa cadeira, recolha do chão bolinhas de gude ou rolhas de garrafa utilizando apenas os dedos dos pés.

3) Para alongar e fortalecer os músculos da panturrilha:

Pise na borda de um degrau com as pontas dos pés alinhadas e vá descendo apenas os calcanhares para fora do degrau, o máximo que conseguir, sem forçar muito. Permaneça nessa posição por alguns segundos. Depois volte à posição inicial e relaxe a musculatura;
Sente-se numa cadeira com a planta dos pés apoiadas no chão e os joelhos flexionados em 90º. Nessa posição, erga o calcanhar o mais alto que puder e pressione com toda a força possível as pontas dos pés contra o chão. Mantenha a posição por alguns segundos e vá abaixando os calcanhares devagar.

Fonte:  http://www.mdsaude.com /fascite-plantar