quarta-feira, 26 de setembro de 2018

ALONGAMENTOS X BENEFÍCIOS.


Os alongamentos são responsáveis por “aquecer” e preparar os músculos antes das atividades físicas. É muito importante não pular essa etapa, pois além de manter a flexibilidade, eles evitam lesões, distensões e inflamações.


Fonte: Blog Educação Física

segunda-feira, 10 de setembro de 2018

Intervenção do Método Pilates na Reeducação Postural

O Método Pilates, criado por Joseph Humbertus Pilates, tem ênfase na restauração da boa postura ou melhor, na reeducação postural, alinhamento vertical do corpo, correção dos desequilíbrios musculares, melhorando assim a flexibilidade de forma global, fortalecendo os músculos posturais.

Ressaltando a importância do controle do centro de força chamado de  “Powerhouse”, expressão que denomina a circunferência do tronco inferior, estrutura que suporta e sustenta o nosso tronco.

Baseando-se em princípios da cultura oriental como ioga, artes marciais e meditação, o Pilates configura-se pela tentativa do controle dos músculos envolvidos nos movimentos da forma mais consciente e fluída possível.

Os exercícios que compõem o método envolvem contrações isotônicas, (concêntricas e excêntricas) e, principalmente, isométricas, com ênfase no que Joseph denominou Powerhouse, ou seja, o centro de força do nosso corpo.

Introdução de Hábitos Saudáveis em Nossa Vida


Através do crescente interesse por uma melhor qualidade de vida e longevidade, várias pessoas têm buscado hábitos de vida mais saudáveis, resultando assim, na prática de diversos tipos de atividades físicas escolhidas a partir das necessidades específicas de cada indivíduo.

Um dos pontos mais ressaltados durante sua escolha seria a sensação de bem estar físico e mental, que vai muito além do âmbito estético, até uma reeducação postural.

A postura tornou-se uma preocupação constante em nossas vidas, uma vez que seu descuido pode resultar em dores na coluna (cervical, torácica e lombar), desvios posturais (retificação, hiperlordose, hipercifose e escoliose), hérnia de disco, espondilose, espondilolistese, artrose, lesões por esforço, entre outros).

Aqui vamos ver um pouco mais sobre algumas:

Retificação – Classificada como a ausência ou diminuição das curvaturas fisiológicas, podendo acontecer em qualquer divisão da coluna vertebral.

Hiperlordose – Denominada como uma curvatura excessiva da coluna cervical e/ou lombar e é, muitas vezes, associada à escoliose ou cifose, podendo ser gerada por má postura.

Hipercifose – Considerada como a excessiva curvatura da coluna torácica no (A-P) plano sagital.

Escoliose – É a curvatura anormal da coluna vertebral no plano coronal (lateral). É importante está atento aos graus e ao comprometimento causado pela mesma.

10°: considerada normal e não é necessário tratamento (no meu caso, indico).

20°: escoliose leve, sendo o tratamento conversador.

20 a 40°: escoliose moderada, onde o tratamento é conservador e pode ser associado ao uso de colete ortopédico.

40 a 50°: escoliose grave onde o tratamento é realizado inicialmente com cirurgia e posteriormente, com a adesão do tratamento fisioterapêutico (fisioterapia convencial, RPG ou Pilates).


É por isso que, antes de iniciar a prática do método Pilates (ou qualquer outro tipo de atividade física) é de grande importância que se tenha realizado uma avaliação física, denominada de avaliação postural, que verifique os problemas posturais.

Qual a Importância de uma Boa Postura?


Uma boa postura é capaz de prevenir movimentos compensatórios, realizar a distribuição de forma adequada das cargas em nosso corpo e realizar a conservação de energia por meio da precisão dos movimentos, como é dito por Joseph durante a introdução dos príncipios do método.

Sendo assim, é válido ressaltar que o alinhamento de determinadas partes do corpo, é capaz de fornecer o equilíbrio de um segmento sobre o outro, um estado que pode ser mantido com o mínimo de esforço muscular.

A boa postura é um dos requisitos que merece destaque quando o assunto é a prevenção de patologias, a manutenção ou a recuperação da saúde e do bem-estar corporal do nosso paciente. 

Tendo isto em mente, as posturas inadequadas impõem esforços adicionais e, muitas vezes, desequilibrados.

A disfunção postural pode ser causada pela adoção de maus hábitos posturais, como no posicionamento prolongado associado à ocupação ou ambiente de trabalho no qual estamos inseridos, fazendo-se necessária a inclusão de uma avaliação ergonômica do trabalho, realizada pelo fisioterapeuta.

Esta tem o objetivo de avaliar, de maneira quantitativa e qualitativa, todos os riscos ergonômicos que existem no ambiente, nas atividades desempenhadas pelos funcionários da empresa e, também, nos próprios equipamentos de trabalho.

O profissional irá verificar se a empresa está colocando a integridade física do trabalhador em risco a partir de atividades como levantamento e transporte de mercadorias, por exemplo, ou analisar a sobrecerga nos membros de forma individualizada.

Posteriormente, o mesmo irá propor soluções para consertar os erros que estão influenciando o bem-estar dos trabalhadores, como a reeducação postural, por exemplo.

É importante salientar que, anormalidades posturais estão associadas a um grande número de doenças existentes, incluindo sintomas de dor localizadas ou, até mesmo, generalizadas, desordens musculoesqueléticas e disfunções respiratórias.

Elas são influenciadas por uma série de condicionantes como aspectos mecânicos, emocionais, hereditariedade, raça, flexibilidade, força muscular, visão e hábitos.

Qualquer desarranjo de um segmento do corpo irá conduzir a uma reorganização de outros segmentos. O desvio de uma unidade articular pode conduzir a uma compensação em outras articulações e, consequentemente, a uma alteração de todo o esquema postural.

Por isso a importância da obtenção de uma boa postura e da inclusão do Pilates no trabalho de reeducação postural de forma individualizada.

Os comprometimentos mais comuns associados às disfunções posturais são:

Dor por Sobrecarga Biomecânica;

Comprometimento da Mobilidade devido à Restrição dos Músculos, Articulações ou Fáscias;

Comprometimento Muscular associado à Fraqueza, devido a Más Posturas Sustentadas;

Controle Postural Insuficiente pelos Músculos Estabilizadores;

Senso Cinestésicos de Postura Alterado associado a Maus Hábitos Posturais Prolongados;

Falta do Conhecimento do Controle e Consciência Corporal;


FONTE: BLOG PILATES


terça-feira, 5 de junho de 2018

Método Pilates e Diástase do Músculo Reto Abdominal devido à Gestação


Método Pilates e Gestação

Este método durante a gestação possui como finalidade promover uma boa postura prevenindo o surgimento de dores lombares e proporciona o relaxamento muscular. Outros benefícios:

Melhora o Fortalecimento dos Músculos dos Membros Inferiores – Protegendo as Articulações de Quadril, Joelhos e Tornozelos do Aumento da Sobrecarga;

Gera o Fortalecimento dos Músculos do Assoalho Pélvico – Promovendo Melhor Apoio para Útero;

Diminuição da Pressão sobre Bexiga;

Promove a Facilitação no Momento do Parto;

Melhora da Recuperação no Pós-Parto;

Melhora o Equilíbrio;

Melhora a Aptidão Aeróbica;

Melhora a Coordenação;

Melhora a Circulação Sanguínea;

Melhora a Respiração;

Entre Outros Diversos Benefícios.

Durante a gestação ocorrem diversas modificações no corpo da gestante, como por exemplo, no sistema respiratório, no sistema cardiovascular e no sistema músculo-esquelético.

Dentre essas modificações que ocorrem no corpo da gestante, podemos ter a ocorrência da diástase do músculo reto abdominal. E todas essas mudanças devem ser levadas em consideração ao se elaborar uma sessão do Método Pilates para esta paciente/aluna.

Diástase do Músculo Reto Abdominal



A diástase do músculo reto abdominal ocorre em cerca de dois terços das gestantes.

O útero grávido em crescimento e as alterações hormonais causadas pela relaxina, progesterona e estrógeno promovem o estiramento e separação do músculo reto abdominal, deixando um espaço de mais ou menos 1 a 2 cm entre os dois feixes do músculo.

A incidência da diástase é maior no terceiro trimestre de gestação.

A diástase do músculo reto abdominal de até 2 cm é considerada como normal nas regiões supra, infra e umbilical e, após a gestação o retorno da musculatura ocorre de maneira espontânea, sem ocorrência de complicações.

Esta diástase não provoca desconforto nem dor, porém devido à distensão excessiva do músculo reto abdominal pode ocorrer a diminuição na estabilização do tronco, aumentando assim a predisposição à dor lombar.

A diástase do músculo reto abdominal é considerada patológica quando está acima de 2,5 cm, pois interfere na estabilização do tronco, prejudicando a boa postura, a defecação, o parto e a contenção visceral.

Como fatores predisponentes para diástase do músculo reto abdominal está:

Obesidade;

Multiparidade;

Flacidez da Musculatura Abdominal Pré-Gravídica;

Levará à uma Maior Distensão do Músculo Reto Abdominal durante a Gestação e Gestações Múltiplas.

E durante a gestação ocorrem alterações biomecânicas que podem contribuir para a ocorrência de diástase do músculo reto abdominal, como por exemplo, a anteversão pélvica acompanhada – ou não – do aumento da lordose lombar.

Com isso ocorre mudança do ângulo de inserção dos músculos abdominais e pélvicos, promovendo uma distensão desta musculatura.

Para realizar a avaliação da diástase do músculo reto abdominal é preciso solicitar que a gestante se posicione em decúbito dorsal e flexione o tronco mantendo as duas mãos atrás da cabeça. Então, o profissional de saúde irá palpar a região da diástase podendo avaliar o seu tamanho.

Ou então utilizar algum instrumento para realizar essa avaliação, como por exemplo, o paquímetro que é um medidor de espessuras e diâmetros, de uso comum na engenharia.

E funciona como um método viável para auxiliar na verificação da diástase e permite examinar a redução da mesma após a intervenção com fisioterapia ou com o Método Pilates, e este instrumento realiza a medição precisa da espessura da diástase podendo dessa maneira avaliar a evolução do tratamento.

Método Pilates na Diástase do Músculo Reto Abdominal

A execução de exercícios de maneira correta pode promover a prevenção e a diminuição da diástase do músculo reto abdominal.

O Método Pilates pode ser utilizado como tratamento preventivo de diástase do músculo reto abdominal, promovendo um fortalecimento da musculatura abdominal antes da gestação.

Durante a gestação ao diagnosticar a diástase do músculo reto abdominal deve-se ser evitado os exercícios do Método Pilates que trabalham a flexão lateral de tronco, exercícios que giram o quadril e exercícios que giram o tronco.

Isso pois podem provocar um aumento da diástase, portanto exercícios como Sit Up, Roll Up, e Criss-Cross devem ser evitados, entre os demais exercícios que trabalhem esses movimentos com o corpo.

Os exercícios utilizados durante a prática do Método Pilates após a gestação e a ocorrência da diástase do músculo reto abdominal devem focar no fortalecimento na musculatura profunda do “core”.

Como por exemplo, a musculatura do assoalho pélvico, e o músculo transverso do abdômen, pois apresentam resultados positivos na diminuição da diástase do músculo reto abdominal após o parto.

Os exercícios prescritos pelo profissional durante a gestação e durante o pós-parto devem ser selecionados com muita cautela, pois exercícios abdominais mal executados podem provocar um aumento da pressão intra-abdominal, ocorrendo uma piora da diástase.

Dessa maneira, a escolha dos exercícios a serem utilizados deve ser realizada por um profissional capacitado a atender esse tipo de paciente/aluna.

Observa-se em mulheres que não praticaram atividade física durante a gestação ou que nunca praticaram nenhuma atividade a ocorrência de uma maior dificuldade no retorno da diástase do músculo reto abdominal.

Concluindo…

O Método Pilates apresenta ótimos resultados tanto na prevenção da diástase do músculo reto abdominal quanto na reabilitação pós-diástase.

É importante que o profissional que atenderá esse tipo de paciente/aluna, esteja ciente de todos os cuidados que deverão ser tomados.

O que determinará o sucesso do tratamento será a escolha correta dos exercícios a serem utilizados durante a sessão e a sua correta execução.

Fonte: Blog Pilates

segunda-feira, 28 de maio de 2018

Cremes para pernas são eficazes no tratamento contra varizes?


As varizes causam uma série de sensações incômodas, como dor, queimação e cansaço, além de aumentarem o risco de doenças circulatórias. Os pacientes acabam, então, buscando formas de aliviar o desconforto causado por esses sintomas e enxergam nos cremes para pernas uma solução. Mas será que é uma medida ideal?

“Em geral, cremes para pernas não são eficazes no tratamento contra varizes. Não existem cremes que eliminam as veias varicosas que já estão presentes”, alerta o angiologista Jayme Ramos. A principal finalidade desses produtos, no entanto, é proporcionar alívio sintomático a veias varicosas.

Cremes funcionam melhor como adjuvantes de determinados tratamentos

De acordo com o médico, os cremes possuem efeitos restritos, localizados e discretos no que se refere a tratamento ou prevenção. São melhores como forma de aliviar sintomas ou auxiliar outros tratamentos, como cirurgia, laser ou aplicação. “Cremes podem ser usados como coadjuvantes ao tratamento de aplicação ou laser com excelentes resultados, dependendo do efeito que se desejar (diminuir manchas, função anestésica etc)”.

Jayme comenta que algumas fórmulas de cremes, quando feitas em manipulação, podem ter o efeito de dar certa resistência a vasos superficiais e, com isso, garantem um tempo maior até que essas veias se transformem em vasos varicosos. “Mas o profissional precisa estar habilitado a lidar com essa formulação para prescrevê-la”, alerta.

Tratamento para varizes devem apostar nos venotônicos

Os melhores medicamentos para o tratamento de varizes são, segundo Jayme, os chamados venotônicos. “Eles agem de forma sistêmica na inflamação que existe na parede do vaso varicoso, tendo a capacidade comprovada de diminuir sintomas das veias varicosas e sintomas de insuficiência venosa. Com isso, reduz-se o aparecimento de varizes”.

Dr. Jayme Ramos é angiologista e cirurgião vascular e atende em seu consultório no Rio de Janeiro. CRM: 52663859


segunda-feira, 14 de maio de 2018

10 fatores de risco para o AVC - Fugir deles aliviaria dramaticamente os índices do segundo problema de saúde que mais causa estragos no planeta - e de seus sintomas limitantes.


1) Hipertensão

Se controlada, diminuiria as taxas de AVC em 47,9%

Ela é disparado o fator de risco campeão. Ajustar a pressão já faria cair ao meio as estatísticas de AVC. “A hipertensão desgasta e provoca lesões nas paredes dos vasos”, explica o médico Marcus Malachias, presidente da Sociedade Brasileira de Cardiologia. Imagine uma mangueira submetida por um bom tempo a uma pressão de água forte. Concorda que uma hora ela vai corroer e rasgar? Pois é algo parecido o que acontece com as artérias do cérebro. “Para piorar, 90% dos hipertensos não apresentam sintomas e só 20% deles estão com os níveis de pressão equilibrados”, alerta Malachias.

O que você pode fazer

Não exagere no sal.
Capriche no consumo de vegetais.
Verifique a pressão de tempos em tempos.
Se for diagnosticado com hipertensão, tome direitinho os medicamentos prescritos.


2) Sedentarismo

Se controlado, diminuiria as taxas de AVC em 35,8%

Ficar parado por muito tempo é péssimo para a saúde como um todo. O desdobramento imediato do sedentarismo é o acúmulo das calorias dos alimentos. Isso vai desembocar em ganho de peso, hipertensão, diabete… Já percebeu onde vamos parar, não é? Na contramão, investir numa rotina de atividade física impede esse turbilhão de complicações e, mais importante, tem efeito direto no sistema vascular. “Quem se exercita com regularidade se beneficia com a produção de substâncias que evitam a formação de placas de gordura e aumentam a capacidade de o vaso contrair e relaxar”, justifica a neurologista Gisele Sampaio, do Hospital Israelita Albert Einstein, na capital paulista.

O que você pode fazer

Escolha um esporte que lhe dê prazer.
Crie uma programação semanal de treinos.
Busque suporte de profissionais de educação física para ter orientações.
Se persistência for seu fraco, forme grupos para suar a camisa. Assim um anima o outro.


3) Colesterol alto

Se controlado, diminuiria a taxa de AVC em 26,8%

“O LDL e os outros tipos do colesterol ruim são os principais responsáveis pelo surgimento de placas que obstruem os vasos”, avisa o cardiologista Raul Dias dos Santos, diretor da Unidade Clínica de Lípides do Instituto do Coração (InCor), em São Paulo. 

O que você pode fazer

Maneire nos alimentos gordurosos ou cheios de açúcar.
Faça checkups para ver a quantas anda o seu colesterol todos os anos.
Se o médico decidir lançar mão de remédios como as estatinas para abaixar os níveis, siga rigorosamente o tratamento.

4) Dieta ruim

Se controlada, diminuiria a taxa de AVC em 23,2%

Junto com a atividade física, a alimentação constitui o pilar fundamental de uma vida saudável. “Alguns nutrientes, como o ômega-3 dos peixes e das nozes, têm ação nas artérias, preservando-as de processos inflamatórios e da formação de coágulos”, exemplifica a nutricionista Rosana Perim, do Hospital do Coração, em São Paulo. O estudo tomou como base de uma dieta ideal o Alternate Healthy Eating Index, roteiro criado nos Estados Unidos que traz recomendações gerais de nutrição.

O que você pode fazer

Consumir seis componentes com frequência:

Verduras
Frutas
Grãos integrais
Castanhas
Legumes
Ômega-3

Ingerir com muita moderação:

Bebidas açucaradas
Carne vermelha e processada
Gordura trans
Sódio

5) Obesidade

Se controlada, diminuiria a taxa de AVC em 18,6%

Os quilos extras andam de mãos dadas com hipertensão, colesterol nas alturas, diabete… “Fora que a obesidade central, quando a gordura se acumula na região da barriga, é particularmente nociva porque libera substâncias perigosas para as artérias”, informa Malachias. No InterStroke, para saber se um voluntário estava acima do peso, foi levada em conta a relação cintura-quadril, uma medida simples e fácil de ser feita. “Ela é mais fidedigna que o popular índice de massa corporal, o IMC”, compara Malachias.

O que você pode fazer

Aprenda a calcular sua relação cintura-quadril: com uma fita métrica, meça o diâmetro de sua cintura, perto da altura do umbigo. Repita o procedimento para obter o tamanho do quadril, nas nádegas. Divida o primeiro valor pelo segundo. Números maiores que 0,8 para mulheres e 0,9 para homens são sinal de encrenca. Atenção: as brasileiras costumam ter o quadril largo, o que confundiria os prognósticos.
Se preciso, peça ajuda de um expert para emagrecer.

6) Estresse

Se controlado, diminuiria a taxa de AVC em 17,4%

Tensão exacerbada e transtornos como ansiedade e depressão figuram em sexto lugar no ranking dos malfeitores. “O InterStroke considerou como o estresse abala o sujeito em quatro domínios: família, sociedade, trabalho e finanças”, descreve Avezum. A partir de entrevistas, os autores chegavam à conclusão de como se encontrava o bem-estar mental de cada um. Isso é significativo porque há uma relação direta entre nervosismo constante e alterações circulatórias capazes de gerar uma pane cerebral. “No sentido contrário, quem é espiritualizado e calmo possui um risco menor de enfrentar o problema”, nota Sheila Martins. Motivo extra para descansar e esfriar a cabeça de uma vez por todas.

O que você pode fazer

Reserve um horário de seu dia para fazer coisas que deem prazer e alegria.

7) Tabagismo

Se controlado, diminuiria a taxa de AVC em 12,4%

Eis um vilão antigo e que ainda cobra campanhas. O cigarro lesa a camada interna dos vasos, deixa os tubos sanguíneos mais estreitos e acelera o aparecimento de placas de gordura – quadro propício para infartos e AVCs. “Felizmente, o hábito de fumar vem diminuindo bastante no Brasil nos últimos anos, graças ao movimento de conscientização e às novas leis”, comemora Sheila.

O que você pode fazer

Existem diversos métodos e até remédios que auxiliam a largar o vício.
Elabore uma lista com fatos decisivos para desistir do tabaco. Assim, fica mais fácil resistir se vier a tentação de voltar.
Grupos de apoio apaziguam as aflições da abstinência.

8) Doenças cardíacas

Se controladas, diminuiriam a taxa de AVC em 9,1%

A arritmia, distúrbio em que as batidas do coração ficam fora de ritmo, dá um incentivo danado para o surgimento de coágulos. “E, algumas vezes, eles viajam até o cérebro e causam AVC”, relata o neurologista Márcio Bezerra, do Hospital Beneficência Portuguesa de São Paulo. Para evitar essa repercussão, pessoas diagnosticadas com a condição necessitam engolir alguns comprimidos, como anticoagulantes.

O que você pode fazer

Visite o cardiologista de tempos em tempos. Um simples eletrocardiograma é suficiente para flagrar arritmias.
Uma vez que a falha no peito é detectada, converse com o doutor sobre os recursos terapêuticos disponíveis.

9) Alcoolismo

Se controlado, diminuiria a taxa de AVC em 5,8%

“Em pequenas quantidades diárias, o que significa no máximo uma taça de vinho, as bebidas levam a um relaxamento dos vasos”, adianta Rosana Perim. Se exceder no álcool, porém, dá-lhe encrenca. “As artérias ficam mais apertadas e rígidas, o que dificulta e até trava o transporte de nutrientes”, completa a nutricionista. O recado, mais uma vez, é moderação: fique esperto e nada de abusar dos drinques. Caso não tenha o costume de beber, não há necessidade de criar o hábito pensando em saúde.

O que você pode fazer

Maneire nas doses
Se for o caso, converse com um profissional.

10) Diabete

Se controlado, diminuiria a taxa de AVC em 3,9%

O relato dos participantes e o exame de hemoglobina glicada (que mostra a variação nas taxas de açúcar de três meses) serviram para determinar quem era diabético. Mas a influência desse problema no risco de AVC ficou abaixo do esperado, o que gerou estranheza. “Sabemos que o diabete faz subir o risco de lesões nos vasos, mas talvez seu peso seja inferior ao da pressão e do colesterol”, reflete o cardiologista Otavio Gebara, diretor médico do Hospital Santa Paula, na capital paulista.

O que você pode fazer

Seja comedido nos doces e nos carboidratos em geral.
Adotar uma vida ativa mantém a glicose dentro dos parâmetros saudáveis.
A glicemia de jejum precisa sempre estar menor que 99 mg/dl. Entre 100 e 125 mg/dl é pré-diabete. Acima de 126 mg/dl já se instalou a doença.
Se for diabético, monitore a glicemia e siga o esquema terapêutico.


O papel do ambiente

Outro estudo de peso recém-publicado no The Lancet foi o Global Burden Disease, que fez uma análise da mortalidade de uma série de enfermidades pelo mundo. E os dados apontam que 29% dos casos de AVC são atribuíveis à poluição. De 1990 a 2013, houve um aumento de 33% na atuação das partículas tóxicas como estopins de derrames. O combate à poluição é crucial inclusive à saúde pública.

Como socorrer alguém que teve um derrame?

A dica é ficar atento aos sinais. “Entre eles, destacam-se perda de força e dormência nos membros, dificuldade para enxergar ou se comunicar, tontura, falta de equilíbrio e dor de cabeça súbita e insuportável”, enumera a neurologista Sheila Martins, do Hospital Moinhos de Vento, em Porto Alegre. Se você notar alguns deles, ligue para o serviço de emergência. O atendimento rápido poupa vidas e a maioria das sequelas graves.

Fonte: Revista Saúde





quarta-feira, 2 de maio de 2018

Pilates na Capacidade Funcional e Remodelação Óssea na Pós Menopausa


O processo de envelhecimento populacional é um fenômeno mundial acompanhado por uma série de alterações fisicoemocionais como declínio da massa mineral óssea, da massa e força musculares, da flexibilidade e do equilíbrio.

Estas alterações representam um grau de morbidade e impacto na qualidade de vida e capacidade funcional dos indivíduos, com a osteoporose como destaque, principalmente em mulheres na pós menopausa.

Destaca-se também como fator de morbidade para os indivíduos o estilo de vida cada vez mais sedentário que o meio urbano e as novas tecnologias trazem, substituindo os esforços físicos habituais das AVDs por confortos gerados pelas inovações.

A funcionalidade é uma característica intrínseca ao ser humano, o que permitiu desenvolver-se e vencer todos os obstáculos vividos durante a evolução, e esta não pode ser perdida ou prejudicada. Perdas na capacidade funcional remetem diretamente a um estado de sobrecarga, sofrimento e lesão.

Os estudos relatam que o exercício físico se destaca como meio de intervenção que poderia aumentar a força muscular e a massa óssea por restaurar e desenvolver a funcionalidade.

O Método Pilates constitui um sistema de exercícios funcionais e inteligentes, que integram as cadeias musculares profundas (posturais) com as cadeias musculares dinâmicas (mobilidade) em exercícios de ativação global, controlando amplitudes e planos de movimento, sinergismo, equilíbrio de forças, respiração, coordenação e consciência corporal.

Pós Menopausa e Osteoporose

Mudanças hormonais na menopausa, sobretudo nos 5 primeiros anos, evidenciam a osteoporose e suas consequentes fraturas como responsável por grande parte da incapacidade em idosos e com enorme prevalência na população mundial, sobretudo em mulheres. Podemos citar:

Queda na Produção de Estrogênio
Alterações na Absorção de Cálcio
Aumento na Reabsorção Óssea
Perda Óssea Acelerada
Diminuição da Força Muscular Global
O maior problema da osteoporose é, sem dúvida, as fraturas, que ocorrem principalmente, em coluna vertebral, colo de fêmur e rádio proximal.

As fraturas osteoporóticas ocorrem por causa de problemas estruturais do osso (formação e remodelação óssea, resistência da rede trabecular), mas também devido à quedas e movimentos de sobrecarga inadequada. A diminuição do número de fibras musculares e da massa muscular resulta no declínio da força muscular global e pode comprometer o equilíbrio.

A fraqueza muscular do idoso pode comprometer ainda mais a saúde óssea pela pobreza de estímulos de tração e compressão sobre os ossos pela contração muscular quando o indivíduo vai perdendo sua capacidade funcional e aumentando o sedentarismo, o que pode acontecer na pós menopausa.

É também a ativação do movimento e a força muscular preservada que favorecem a deposição de cálcio e formação óssea equilibrada, diminuindo o risco de queda e consequentemente a possibilidade de fraturas.

A diminuição da resistência óssea associada ao envelhecimento e consequente aumento do risco de fratura de baixo impacto representam, portanto, um problema importante e crescente a ser prevenido.

Benefícios da Atividade Física para Saúde dos Ossos

A atividade física é reconhecida como uma ferramenta terapêutica com potencial de mudanças tanto do ponto de vista físico como do psicológico no processo de envelhecimento na pós menopausa. Estudos relatam que o efeito do exercício de ganho de força sobre os ossos parece influenciar a microarquitetura óssea, a elasticidade e a resistência.

Sabe-se que as forças de tração e compressão exercidas sobre o osso durante a contração muscular é um estímulo essencial à remodelação óssea contínua e por isso programas de treino de força são altamente indicados para indivíduos em idade madura na pós menopausa, ou idosos.

Nesse contexto, o exercício físico pode contribuir no processo de ganho/manutenção de massa óssea, sendo importante no campo da prevenção ou do tratamento/controle.

Entre os benefícios do exercício físico para prevenção e/ou como parte do tratamento da osteopenia e da osteoporose, destacam-se:

Aumento da Densidade Óssea
Hipertrofia das Trabéculas Ósseas
Aumento da Atividade dos Osteoblastos
Aumento da Densidade do Colágeno
Incremento de Incorporação de Cálcio no Osso.

Mudanças na Capacidade Funcional com Envelhecimento

A capacidade funcional de um indivíduo é definida como a habilidade física para manter uma vida independente e autônoma, com potencial para realizar plenamente as tarefas ou ações rotineiras e vencer os imprevistos ou situações de sobrecarga ocasionais.

O processo de envelhecimento é acompanhado por alterações em importantes componentes da capacidade funcional, como a redução da força muscular, da flexibilidade e do equilíbrio, mais relevantes em mulheres na pós menopausa.

A perda da massa do músculo, ou sarcopenia, e, consequentemente, da força muscular, é a principal responsável pela deterioração na mobilidade e na capacidade funcional do indivíduo que está envelhecendo.

O exercício físico regular pode aprimorar a força muscular, melhorando a densidade óssea, o equilíbrio dinâmico e estado funcional global, minimizando ou até mesmo revertendo estes efeitos.

A força dos membros inferiores diminui mais rapidamente com a idade do que a dos membros superiores, prejudicando o desempenho de certas ações e atividades da vida diária, tais como levantar de uma cadeira, apanhar um objeto do chão, caminhar e subir escadas, carregar pesos, além da redução da mobilidade e velocidade em tarefas domésticas.

Com o envelhecimento, há perda da flexibilidade, em geral associada a alterações bioquímicas e mecânicas na unidade musculoesquelética, que comprometem a amplitude de movimento, reduzindo a mobilidade nos diferentes segmentos, comprometendo as atividades diárias dos idosos.

A deficiência estrogênica, consequente à falência ovariana que ocorre na pós menopausa, é fator de risco para as modificações musculoesqueléticas dessa faixa etária da mulher. Essas alterações afetam a qualidade de vida e aumentam o risco de quedas e fraturas.

O processo do envelhecimento também compromete a capacidade do sistema nervoso central de processar os sinais vestibulares, visuais e proprioceptivos responsáveis pela manutenção do equilíbrio corporal, assim como reduz a capacidade de modificação dos reflexos adaptativos.

Efeitos sobre Capacidade Funcional e Qualidade Óssea


Estudos investigam se os exercícios físicos baseados no Método Pilates proporcionam melhora da capacidade funcional (flexibilidade, força muscular e equílibrio) e da qualidade de vida e diminuição de reabsorção óssea em mulheres pós menopausa ou idosas através de marcadores bioquímicos de remodelação óssea.

Uma vez que a expectativa de vida está aumentando em todo o mundo e o número de idosos também, a osteoporose tende a alcançar números alarmantes e as mulheres são o maior grupo de risco, devido à diminuição dos hormônios reprodutivos na menopausa.

Apesar dos benefícios dos exercícios físicos para a saúde óssea, o risco e a importância de acidentes e lesões não devem ser negligenciados. Ademais, os exercícios devem atingir outros parâmetros relacionados à ocorrência de quedas, tais como equilíbrio, força muscular e flexibilidade.

O Método Pilates, por suas características próprias de controle, tolerância e adaptação para a capacidade funcional do indivíduo, mostra-se como um sistema de exercícios seguro e eficiente.

É um método que visa trabalhar de forma dinâmica a força, a flexibilidade e a estabilização em exercícios com contrações isotônicas concêntricas e excêntricas e, também, isométricas, além do equilíbrio corporal que é imposto ao praticante para manutenção das posturas em que os exercícios devem ser realizados.

Diversos estudos na literatura justificam a aplicação do Método Pilates para vários benefícios na saúde do indivíduo, sobretudo do idoso, como aumento da flexibilidade e força, modificação na composição corporal, melhor percepção de saúde, melhora na mobilidade da coluna vertebral e das articulações gerais e ainda da propriocepção, equilíbrio e coordenação.

É próprio do método também atuar com a ativação e fortalecimento da musculatura mais profunda, os músculos posturais, para controle e correção das compensações e desalinhamentos que vão sobrecarregando o sistema musculoesquelético e causando desgastes e lesões.

A qualidade de vida é uma construção que engloba vários conceitos, como funcionalidade, estado de saúde, percepções, condições de saúde, comportamento, felicidade, estilo de vida e sintomas de doenças.

Concluindo…

Assim, o Método Pilates é um instrumento preventivo e corretivo, pois promove fortalecimento muscular, melhora do equilíbrio, aumento da flexibilidade, melhora da postura, controle motor e consciência corporal.

Por estes parâmetros, fica evidente a melhora da capacidade funcional, com resposta positiva pelo treinamento, indicando os benefícios do Método Pilates.

Fonte: Blog Pilates