quinta-feira, 25 de janeiro de 2018

Dor na coluna: Confira algumas dicas para melhorar a postura no dia a dia e diminuir o risco de problemas


Conseguir manter a postura correta no dia a dia é algo bem difícil para muitas pessoas. Trabalhar durante horas sentado em uma cadeira, por exemplo, com estresse e cansaço envolvidos, pode acarretar não só em dores à coluna, mas também em problemas sérios região, como enfraquecimento dos músculos dorsais e hérnia de disco.

Atividade física e controle do peso são importantes para evitar problemas na coluna

Portanto, é essencial buscar executar os mais diversos movimentos normalmente realizados no cotidiano da maneira recomendada pelos especialistas. Além disso, o ortopedista Celso Cruz destaca o controle do peso corporal e a prática regular de atividades físicas como medidas importantes na prevenção dos problemas osteo-articulares e, em especial, da coluna.

“O homem moderno convive com problemas de coluna desde sempre. As curvas fisiológicas da coluna são submetidas a estresse mecânico em diversas atividades do dia a dia. Muitas vezes não nos damos conta de que agredimos a nossa coluna em atividades rotineiras, como levantar da cama, agachar para amarrar o tênis ou carregar alguma coisa”. Quando há dor ou importante limitação da mobilidade, se faz necessário uma avaliação médica especializada”.

Cuidados com a coluna no dia a dia

De acordo com o médico, os cuidados com a coluna devem se iniciar logo que o dia começa, ao se levantar da cama. “O ideal é que a pessoa mude da posição deitada para sentada lateralmente, com auxílio dos braços, e, em seguida, levante-se. Ao se vestir, recomenda-se que ela vista as meias e calce os sapatos sentada, trazendo os pés de encontro ao assento e não movimentando a coluna”.

O ortopedista também chama atenção para o movimento de se abaixar para pegar ou carregar alguma coisa que está no chão. “Recomenda-se que a pessoa flexione os joelhos e não a coluna. Outro exemplo: ao entrar e sair do carro, é importante girar o corpo e sentar-se ou levantar-se do banco olhando para a lateral. Todas estas medidas com certeza vão ajudar a evitar que a coluna seja agredida com postura e movimentos inadequados”, conclui.

Dr. Celso Cruz é médico ortopedista formado na Faculdade de Ciências Médicas de Santos (UNILUS), com residência médica em ortopedia e traumatologia no Hospital Municipal Dr. Carmino Caricchio. É membro da Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia (SBOT). CRM-SP: 72883

quinta-feira, 18 de janeiro de 2018

Quantas horas de voo um paciente com varizes pode encarar em uma viagem?


Viagens de avião, assim como em outros transportes, podem trazer complicações àqueles que sofrem de varizes, especialmente se o trajeto for longo. Permanecer horas seguidas sem se movimentar (principalmente a região inferior do corpo, com as pernas comprimidas sobre o assento, pode fazer com que o passageiro desenvolva trombose.

Risco de trombose vem da diminuição da velocidade da circulação sanguínea

“A viagem de avião, principalmente na classe econômica, pode causar trombose. Após oito horas de voo, se o passageiro não se movimentar (andar), aumenta muito o risco de trombose pela estase venosa, ou seja, pela circulação lenta e a pressão muito grande nas pernas”, informa o angiologista Ricardo Nobili.

O médico explica que, ao andar, os músculos da panturrilha trabalham como uma bomba empurrando o sangue. Nas viagens em que o passageiro fica longos períodos com as pernas paradas e pendentes, esse mecanismo não funciona, o que acarreta na diminuição da velocidade da circulação, ou seja, na estase venosa.

Medidas a serem adotadas dentro do avião por passageiros com varizes

Dentro do avião, o passageiro com varizes deve procurar caminhar pelo corredor sempre que possível; movimentar joelho, panturrilha, tornozelo e dedos dos pés; ingerir bastante líquido; evitar roupas e meias apertadas (não confundir com meias compressivas, que são designadas para isso e que auxiliam no tratamento das varizes); e não sentar sobre as pernas ou cruzá-las. É indicado consultar sempre antes de viajar um médico especialista para que ele possa orientar devidamente as medidas a serem adotadas.

Portanto, o que define se um passageiro com varizes está apto a viajar de avião não é necessariamente a quantidade de horas, mas sim o seu comportamento dentro do transporte. Ficar parado o tempo todo não é recomendado. Por isso, mesmo se você estiver em um assento que não permita que você viaje deitado, é importante e, em geral, permitido pela tripulação, levantar algumas vezes, para evitar riscos nas circulação.

Dr. Ricardo Luiz Guimarães Nobili é membro da Sociedade Brasileira de Angiologia e Cirurgia Vascular (SBACV-RJ)  CRM-RJ: 31788-7

segunda-feira, 8 de janeiro de 2018

Cãibra: o que é e como evitá-la Quem já teve cãibra sabe como dói.


Os especialistas ainda discutem as causas dessa contração muscular violenta e involuntária. O que existe são algumas pistas importantes para entendê-la. A cãibra geralmente se manifesta na prática de uma atividade física, sobretudo se o esportista estiver, digamos, pouco condicionado – ou mal alimentado. Sim, quando os músculos carecem de condições adequadas para realizar um esforço diferente do habitual, é espasmo na certa. “Quem exagera no tempo ou na intensidade do exercício pode sofrer cãibras por falta de vitaminas e sais minerais, o que leva à fadiga muscular”, explica o educador físico Renato Dutra, supervisor técnico da Run & Fun Assessoria Esportiva, em São Paulo.

A escassez de oxigênio na circulação também contribui para esse cansaço extremo dos músculos. Quem um dia precisou ser socorrido devido a uma baita repuxada da musculatura já deve ter ouvido falar sobre um tal de ácido lático sem saber que substância é essa. A gente explica: trata-se de uma espécie de lixo orgânico que se acumula nos tecidos musculares quando as células usam a glicose para obter energia. Isso permite ao músculo continuar o esforço sem necessidade de recorrer ao oxigênio proveniente dos pulmões. Mas o excesso de ácido lático deflagra encrencas. “É como se a musculatura ficasse sem ar e com menos espaço para se mover. E isso gera fadiga”, ilustra o fisioterapeuta Robert Velentzas, de São Paulo. “Por isso a respiração correta é tão importante durante o exercício.”

O suor da atividade física é mais um fator que ajuda no desencadeamento de cãibras. “A perda excessiva de sódio pode levar à contração muscular”, diz o fisiologista Turíbio Leite de Barros, da Universidade Federal de São Paulo. Mas o excesso de exercício, sozinho, não é suficiente para explicar o aparecimento dessas contrações famigeradas. No meio esportivo, os especialistas sabem que o xis da questão pode estar no que se bebe – na verdade, no que não se bebe. “A desidratação é decisiva para a ocorrência do problema”, informa Barros.

E quanto às cãibras noturnas? Segundo o ortopedista Moisés Cohen, chefe do Centro de Traumatologia do Esporte da Unifesp, quem faz muito esforço físico durante o dia pode ter contrações à noite. E quem não faz também – mas, nesse caso, a falta de sódio é o fator crucial. “O suor e a urina em excesso podem provocar a perda desse mineral e de outros elementos. E o organismo utiliza o sódio do músculo quando está sem reservas energéticas”, explica Cohen. “Isso gera uma resposta nervosa que leva a um
estresse mecânico e às contrações involuntárias.” Ou seja… cãibras! Moisés Cohen acrescenta que diabete, problemas neurológicos e lesões vasculares podem estar por trás de um simples espasmo muscular. “São doenças capazes de favorecer o problema”, informa o especialista. “A insuficiência renal e a hemodiálise também contribuem para a redução da concentração de sódio no sangue e muitas vezes levam a problemas musculares, assim como a carência de outros minerais, como cálcio, magnésio e potássio.” O preparador físico Renato Dutra chama a atenção ainda para a síndrome das pernas inquietas, caracterizada por uma vontade incontrolável de mexer as pernas, principalmente durante o sono – e isso também pode disparar cãibras.
Não existe um tratamento específico para essas contrações. O melhor a fazer é se condicionar antes de partir para atividades físicas mais exigentes, comer e beber o suficiente para suportar a carga extra do exercício e procurar respirar profunda e coordenadamente durante os treinos. Quem sua mais de uma hora por dia também precisa repor nutrientes. Nessa situação, valem géis de carboidrato e líquidos isotônicos, além de água. “A pessoa que se prepara para a atividade física suporta melhor o esforço e retarda o surgimento de cãibra”, resume o educador físico Renato Dutra. Ou melhor: evita esse suplício e malha em paz.

Fonte: Revista Saúde

quinta-feira, 4 de janeiro de 2018

Saiba como se formam as aftas e o que fazer para acabar com elas



O que acontece na boca com afta

1. Machucadinho de nada?

Embora a ciência não tenha uma explicação 100% definida para a origem da afta, já se sabe que ela começa com um machucado na camada superficial da mucosa da boca, o tecido epitelial. A agressão é fruto de déficit vitamínico, baixa na imunidade, excesso de acidez ou até traumas, caso de uma mordida.

2. Aí vem a inflamação

Com a ruptura do epitélio, um tecido mais profundo, o conjuntivo, fica à mostra. Aí, os linfócitos, células de defesa do organismo, passam a se aglomerar na tentativa de regenerar a área. Mas o excesso de soldados instaura, também, uma inflamação no local.

3. Eis a afta

Para piorar, a ferida costuma atrair bactérias que habitam a cavidade oral. Essa infecção agrava o estado inflamatório. Como o tecido conjuntivo é repleto de terminações nervosas, a confusão toda acaba gerando ardência, coceira e dor, além daquela cobertura úmida e esbranquiçada típica da afta.

As causas do problema

Comidas duras

Alimentos difíceis de morder, como o amendoim, podem lesionar a gengiva. Se a afta já apareceu, abusar deles piora o cenário.

Apimentados e afins

Condimentos irritam o epitélio. Já bebidas e alimentos ácidos mexem com o pH da boca e fragilizam a mucosa.

Boca nervosa

Mastigar lápis, canetas e outros objetos é uma mania que aumenta muito o risco de esse tecido sofrer um trauma.

Tratamento

Fármacos

Médicos podem prescrever lenços umedecidos ou pomadas com anestésicos e anti-inflamatórios. Em certos casos, até drogas orais entram na receita.

Alimentação

Ingira legumes e vegetais escuros, como a couve. Eles têm vitaminas do complexo B e ferro, que dão força à mucosa bucal. Melhor comê-los frios e pastosos.

Novas técnicas

Atualmente, em casos mais severos e agressivos, os dentistas aplicam lasers terapêuticos de baixa potência na lesão para que ela cicatrize depressa.

Fonte: Revista Saúde


terça-feira, 2 de janeiro de 2018

Sentar de maneira errada pode causar varizes? Qual é a postura correta?


A mudança na coloração da pele causada pelas varizes não deve ser o único motivo de preocupação a respeito da doença, que dói e expõe o paciente a complicações em casos mais graves. Quem já sofre com o problema ou quem está com medo de tê-lo, deve ficar atento à maneira de se sentar: a postura pode facilitar o surgimento de varizes e piorar seus sintomas.

Sentar de pernas cruzadas aumenta risco de ter varizes

“O hábito de sentar por longos períodos, principalmente com as pernas cruzadas, aumenta a pressão dentro das veias dos membros inferiores, causando dor, cansaço e edema”, afirma o angiologista Ricardo Nobili. Passar o dia inteiro sentado no trabalho, por exemplo, não é certeza de ter varizes. No entanto, as chances são certamente maiores, especialmente se o paciente já tem outros fatores de risco.

Por outro lado, ficar horas em pé também não deve ser uma opção porque esta posição não é eficaz na prevenção das varizes. Na verdade, é uma das causas, de acordo com o especialista: “Longos períodos de pé, principalmente nas profissões que exigem pouca movimentação, acabam causando varizes”.

Levantar-se a cada 1 hora ajuda a evitar o surgimento de varizes

Para melhorar a circulação sanguínea nas pernas e, assim, evitar o problema, é preciso alternar períodos sentados com pequenas caminhadas e alongamentos a cada uma ou duas horas. No entanto, mesmo sentado, é possível fazer pequenos exercícios para movimentar as pernas e os pés e prevenir a compressão das veias. Quanto à postura, é importante ficar encostado na cadeira e utilizar um suporte para os pés um pouco mais alto que o chão.

Já os efeitos do uso do salto alto no desenvolvimento de varizes não é unanimidade entre os médicos. Alguns profissionais defendem que o calçado dificulta os movimentos da panturrilha e a circulação do sangue, enquanto outro grupo acredita que o salto alto ajuda a diminuir o risco de varizes, e que o pé reto faz com que os músculos trabalhem mais para fazer o sangue circular de forma adequada.

Dr. Ricardo Luiz Guimarães Nobili é membro da Sociedade Brasileira de Angiologia e Cirurgia Vascular (SBACV) e atende em Duque de Caxias (RJ). CRM-RJ: 31788-7


Repelente: qual é a maneira correta de aplicar o produto? Quantas vezes ao dia?


Enjoos, cansaço, febre alta e dores no corpo são apenas alguns dos sintomas provocados pela dengue. Como forma de se prevenir, além de eliminar locais que acumulam água parada, que ajudam na proliferação do mosquito da dengue e de outros insetos, é importante também manter o corpo protegido com a ajuda dos repelentes.

Repelentes à base de Icaridina duram até 13 horas na pele

As recomendações para o uso de repelentes mudam conforme a idade. “Em geral, o uso de repelentes deve ser evitado nas crianças menores de dois anos, utilizando-os apenas em situações especiais, com orientação e acompanhamento médico. Bebês com até seis meses só devem usar mosquiteiros e roupas protetoras”, afirma o infectologista e epidemiologista Bruno Scarpellini.

Já adultos, idosos e crianças com mais de dois anos podem usar os repelentes, reaplicando-os de acordo com o tempo de duração indicado pelo fabricante. Os produtos feitos com Icaridina com 30% de concentração, por exemplo, fornecem uma proteção de até 13 horas. Já os repelentes à base de DEET permanecem na pele por somente quatro horas e não devem ser aplicados mais de três vezes ao dia em crianças entre dois e 12 anos.

Lavar as mãos sempre após passar o repelente

Na hora de aplicar os repelentes, algumas dicas a ajudam a tornar seu uso mais correto. “Aplicar a quantidade e intervalo recomendados pelo fabricante e, em locais muito quentes ou em crianças que suam muito, recomenda-se reaplicações mais frequentes”, aconselha o especialista. Além disso, evite colocar a substância nas mãos e sempre lave-as depois da aplicação.

O uso dos repelentes com um hidratante ou filtro solar também requer certa atenção. Pode-se espalhar o protetor primeiramente e, depois de 20 a 40 minutos, passar o repelente. Os repelentes reagem com os protetores solares e acabam reduzindo seu efeito quando aplicados juntos”, lembra Scarpellini. É importante também evitar passar o produto perto da boca, dos olhos, das genitais e em feridas.

Dr. Bruno Scarpellini é infectologista e epidemiologista, pesquisador e epidemiologista do Laboratório de Retrovirologia da Escola Paulista de Medicina/Unifesp. CRM-RJ: 5271607-3.